A Cerci Flor da Vida de Azambuja vai alargar a sua resposta social no concelho do Cartaxo. A instituição firmou uma parceria com a autarquia cartaxeira, e prevê criar um projeto de Habitação Colaborativa e Comunitária, aproveitando uma estrutura que não está em utilização junto ao posto da GNR do Cartaxo.
O projeto, “Viver em Comunidade – Quinta das Pratas”, será financiado através de uma candidatura a financiamento a fundos comunitários, nomeadamente o PRR (Plano de Recuperação e Resiliência). Para já não são adiantados valores. A instituição tem ainda a seu cargo a concretização do Complexo Social e de Saúde na Quinta das Rosas, em Azambuja, orçada em sete milhões e continua à espera de ver aprovadas candidaturas a financiamento europeu e do Estado.
Este é um projeto inclusivo e deverá ter várias valências. Para além de alojamento de tipo familiar, com várias tipologias, inclui também serviços de apoio partilhado: áreas culturais, lúdicas, recreativas e estimuladoras da autonomia física e mental.
Incluem-se ainda, valências como uma cozinha comunitária “que poderá responder a necessidades complementares com possibilidade de capacitação dos utentes para atividades da vida diária e até mesmo profissionais”, segundo informação avançada pela Cerci ao Valor Local.
O mesmo espaço contará ainda com gabinetes técnicos e áreas comuns, como uma sala de estar e de leitura, lavandaria, espaços verdes, entre outras valências.
José Manuel Franco, presidente da direção da Cerci, sublinha ao Valor Local a importância deste projeto, não só para a instituição, como para as diferentes comunidades que vai servir.
Sobre a escolha do concelho do Cartaxo, refere que “nos últimos dois anos, tentámos junto dos responsáveis políticos de Azambuja estabelecer uma parceria na cedência de um espaço onde pudéssemos implementar um projeto desta natureza”, no entanto sublinha que não foi possível colocar em prática o projeto em Azambuja.
José Manuel Franco sustenta que este projeto, representa igualmente “uma oportunidade para aprofundarmos as nossas relações com este município”, recordando que inicialmente a ideia da Cerci passaria pela recuperação do Hotel da Quinta das Pratas, algo que não seria viável, até porque a autarquia, presidida por João Heitor, faz questão de manter o espaço como uma unidade hoteleira, aguardando assim que volte a funcional como tal.
José Manuel Franco, sustenta, entretanto, que a instituição não está arrependida deste investimento no Cartaxo, mas recorda que a candidatura ainda aguarda aprovação. O presidente da direção sublinha que “tem sido muito gratificante trabalhar com o presidente João Heitor e com a sua equipa” e acrescenta que “houve uma vontade muito grande em concretizar este projeto e trabalhámos em tempo recorde para garantir a aprovação da arquitetura e a existência da documentação necessária para a submissão da garantia”
José Manuel Franco sublinha também que do Centro Distrital da Segurança Social de Santarém “houve uma resposta muito positiva e colaborativa” e por isso “queremos muito concretizar este projeto, completamente inovador e que será um grande desafio colocar uma resposta desta natureza e dirigida a este público-alvo”.
A CERCI não adquiriu nenhum edifício. Houve uma cedência do direito de superfície por parte do Munícipio.
Seria bom corrigir o titulo da noticia.