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Crimes de violência doméstica aumentam na região mas há mais vítimas a denunciar

Violência Doméstica continua a fazer parte do grosso das denúncias em Salvaterra, Benavente, Cartaxo e Azambuja. Violência contra idosos e crianças e jovens também com dados preocupantes em alguns concelhos

No ano de 2022 e na área de abrangência do nosso jornal, na zona que compreende os concelhos da Lezíria do Tejo de Azambuja, Cartaxo, Salvaterra de Magos e Benavente aumentou o número de queixas de violência em 2022, segundo os últimos dados. A realidade da violência doméstica acaba por ser o tipo de queixa mais predominante. Segundo Gustavo Duarte, psicólogo do Associação Portuguesa de Apoio à Vítima- Santarém, em declarações ao Valor Local, no ano passado, através da Equipa Móvel de Apoio à Vítima da Lezíria do Tejo, registaram-se os seguintes dados – No Cartaxo 35 utentes denunciaram casos de violência o que resultou em cerca de 134 atendimentos e diligências. Em Azambuja 35 pessoas recorreram à ajuda da APAV, e daí procedeu-se a 144 atendimentos e diligências. Já em Benavente foram registadas queixas de 43 pessoas
(182 atendimentos e diligências). Por último, no concelho de Salvaterra de Magos foram registados 29 utentes (58 atendimentos e diligências).

Ainda por concelho e segundo estes mesmos dados, no do Cartaxo, a maioria dos utentes em 2022 (81 por cento) eram do sexo feminino, restando 16 por cento do sexo feminino. Mais de 60 por cento das denúncias referiam-se a crimes de violência entre adultos com prevalência para casos de crimes praticados na mesma casa onde vivem vítima e agressor.

Em Benavente, a prevalência também vai para esta faixa etária. Contudo a violência contra crianças e jovens já chega aos 30,2 por cento podendo estarmos aqui perante casos explícitos dentro da vertente da violência no namoro. Na globalidade das denúncias 72 por cento dos utentes eram do sexo feminino e 9,21 por cento do sexo masculino. Já no concelho de Azambuja, 27 dos utentes em 2022 eram do sexo feminino e seis do sexo masculino. Também aqui a violência doméstica domina, sendo 65,7 por cento das ocorrências registadas entre pessoas entre os 18 e os 64 anos.

Em Salvaterra de Magos, 62,1 por cento dos utentes eram do sexo feminino e 17,2 do sexo masculino. O crime de violência doméstica atinge cerca de 58,6 por cento neste concelho com preponderância nas freguesias de Marinhais e Foros de Salvaterra, quando nos outros concelhos a maioria das incidências tem lugar no principal centro urbano ou na principal freguesia de cada um. Neste último concelho “temos tido um crescimento da nossa intervenção”, destaca Gustavo Duarte, daí o número de casos ser menor em comparação com outros concelhos, embora tenham subido no ano passado apenas se tenham registado 24 denúncias.

Gustavo Duarte explica que apesar de alguma subida dos números ainda que muito ligeira
(na ordem de um ou dois casos a mais por concelho) também há mais vítimas a denunciar, “devido ao fim da pandemia”. O responsável sustenta que o quadro da violência doméstica apresenta muitas nuances e que há que estar atento aos primeiros sinais que passam pela violência psicológica que não deve ser subestimada, que se apresenta sob formas de controlo e de humilhação da vítima. “As pessoas alimentam a esperança que o parceiro ou parceira vá mudar de atitude e continuam numa relação tóxica. Há quem nos procure num momento de crise, e depois dá-se o retrocesso e pedem para não as contactarmos, mas mais tarde acabam por nos procurar de novo”.

A APAV fornece ainda dados quanto à violência sobre idosos. Sendo que no ano passado foram registadas três queixas deste género no concelho do Cartaxo; quatro em Benavente; seis em Azambuja e duas em Salvaterra de Magos. Esta é uma variante muito difícil de denunciar “porquanto a vítima ainda é mais dependente do agressor”. “Normalmente vivem com os filhos, que acabam por praticar este tipo de crime através da subtração de quantias financeiras e da negligência. Muitas das queixas que são feitas chegar acabam por partir de amigos ou vizinhos que desconfiam de algum tipo de comportamento”. “Sendo um crime público é dever de todos denunciar este tipo de crimes”, sublinha.

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