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Hospital de Santarém vai contar com nova Unidade de Cuidados Intensivos num investimento de 5 milhões de euros

Valor Local – Ana Infante está desde 2018 à frente do Conselho de Administração do Hospital Distrital de Santarém que serve os concelhos de Almeirim, Alpiarça, Chamusca, Santarém, Coruche, Cartaxo e Salvaterra de Magos. Do seu currículo fazem parte passagens por diversos conselhos de administração nos mais diferentes cargos. Esteve no Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental; Hospitais da Covilhã, Cascais, Pulido Valente entre outros. Como é que tem sido este desafio que já leva cinco anos tendo em conta os principais problemas que encontrou nesta unidade?
Ana Infante – A gestão hospitalar é um desafio muito exigente que requer grande disponibilidade, principalmente, num tempo de pandemia, e agora mais recentemente, numa altura de guerra e de aumento da inflação é ainda mais desafiante, especialmente num hospital que não tinha uma grande cultura de gestão.

O que é que a tutela lhe pediu, em específico, quando foi designada para o Hospital de Santarém?
O anterior administrador estava lá há 20 anos e já não podia ser reconduzido. Não consegui dizer que não a esse desafio, até porque já tinha dito que não algumas vezes (sorrisos). Quando cheguei deparei-me com uma situação grave que era o facto de o hospital não possuir fundos disponíveis para lançar procedimentos concursais da contratação pública. Tivemos de arranjar fundos até porque as obras do bloco operatório estavam paradas por causa dessa circunstância.

Como é que foi gerir o hospital em tempos de pandemia?
Foi ainda mais difícil. Os doentes entram-nos pela porta e temos de ter uma solução para lhes dar. Chegámos a ter 170 doentes internados na enfermaria e 19 numa unidade de cuidados intensivos o que para a nossa dimensão é muito, e mesmo assim ainda conseguimos ajudar outros da região de Lisboa que ainda estavam mais sobrelotados. Aprendemos ainda mais a trabalhar em equipa. O que notamos é que a especialidade da Medicina Interna ficou mais cansada e desgastada com a pandemia, porque é uma área cada vez mais exigente.

Refere que foi encontrar o hospital numa situação financeira difícil. Nos últimos anos tinha havido ecos de que a unidade funcionava mal. Também notou isso entre os utentes e os funcionários, a sensação de que o hospital gozava de má fama e era necessário arrumar a casa?
Não há hospitais fáceis e o cidadão é pouco tolerante em relação a um serviço público. Havia esse sentimento negativo entre a comunidade em relação ao hospital na sua capacidade de resposta de alguns serviços e na sua capacidade organizativa. Penso que agora dá uma resposta muito melhor, diferenciámo-nos em muitos serviços, criámos especialidades, e temos uma nova cultura de gestão. 

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