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Infeções respiratórias- Como agir?

Estamos no Inverno, época forte em infeções respiratórias sejam virais ou bacterianas. Numa época de frio muitos são os sintomas que podemos sofrer, tais como dores de cabeça, dores musculares, febre ou tosse. Neste artigo, o foco vai ser a tosse.

A tosse é um sintoma muito presente e, por vezes muito duradouro e que pode criar situações que impedem a realização das nossas atividades da vida diária (ex. trabalho, sono). Em primeiro lugar, a tosse é um mecanismo de defesa do nosso corpo. Através da tosse, o organismo expulsa microorganismos estranhos (ex. poeiras, pólens, areias, fumos, vírus, bactérias) que podem de alguma forma criar doença.

É importante perceber que não existe apenas um tipo de tosse. A tosse pode ser produtiva (tem expectoração associada) ou irritativa (sem expectoração), muitas vezes apelidada de“tosse de cão”. É importante perceber e saber distinguir estes dois tipos de tosse, dado que ajuda a chegar ao diagnóstico.

Na maioria das vezes, a tosse está relacionada com uma causa infecciosa (ex. Gripe) e cede quando a infeção desaparece. Quando a tosse é persistente (com meses ou anos de duração), este sintoma torna-se um enorme incómodo e deve ser investigado. Algumas causas podem não estar diretamente relacionadas com o sistema respiratório em si. Dentro das possíveis causas de tosse persistente temos: alguns fármacos, asma, doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), tabaco, refluxo gástrico, alergias, muco no nariz e garganta ou cancro do pulmão.

Para alívio da tosse poderá realizar algumas medidas em casa,tais como :

  • dormir com a cabeça mais elevada, pois quando se dorme com a cabeça mais elevada a drenagem das secreções é mais fácil. Quando estamos deitados as secreções acumulam-se mais facilmente e criam mais tosse para as expulsar;
  • beber muitos líquidos, pois as secreções ficam mais fluídas e são mais fáceis de expelir. Se as bebidas forem mais quentes ainda facilita mais a sua expulsão;
  • fazer vapores, pois humidificam as secreções e acaba por ser uma forma de hidratar;
  • deixar de fumar;
  • evitar ambientes com poeiras, pólens, fumo;
  • estudar possíveis alergias, pois estas também podem desencadear tosse
  • evitar sestas prolongadas a seguir às refeições na posição de deitado, que podem piorar um refluxo existente

Existem sinais de alerta que deve valorizar e falar com o seu médico. Tenha em atenção os seguintes sinais/sintomas:

  • tosse persistente (mais de 3-4 semanas);
  • a tosse é mais severa ou se piorou com o tempo;
  • perda de peso inexplicável, ou seja, perda de peso que não tem a ver com mudanças alimentares ou exercício físico mais intenso;
  • tosse com expectoração rosada;
  • falta de ar;
  • cansaço fora do habitual;
  • febre e mal-estar, com calafrios;
  • dor ou dificuldade ao engolir;
  • azia ou sensação de queimadura no peito, sobretudo após as refeições.

Procurar soluções na internet ou outros meios de comunicação pode ser perigoso, pois nem todas as páginas escrevem informação fidedigna. Deve aconselhar-se junto do seu médico para o estudo da situação e que tipo de medidas deve tomar. Caso seja necessário, poderá ser encaminhado para a Pneumologia ou a Alergologia.

Raquel Armindo, Médica Interna da Especialidade de Pneumologia

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