A Democracia é o regime que melhor tem conseguido garantir o sucesso dos países do chamado mundo ocidental, mas é também o regime que, como diria Francisco Assis, ainda esta semana, não sendo “fraco, é frágil” e precisa que os democratas saibam dela cuidar, como se cuida de algo que nos é muito querido e precioso.
Nos últimos anos temos assistido a uma certa banalização daquilo a que convencionamos chamar populismo, que através de um discurso simplista e muitas vezes preconceituoso, pretende manipular a opinião pública.
Esta é hoje uma das maiores ameaças que se coloca à Democracia, e que encontrou nas prestações políticas de Trump nos Estados Unidos da América e Bolsonaro no Brasil o seu expoente máximo, e que teve como todos sabemos consequências nefastas para a qualidade da Democracia nestes dois países, com simbólicas invasões às instituições mais nobres e representativas desses estados de direito democráticos, que acabaram por ser o símbolo do pior que estas lideranças representaram.
A melhor forma de nos defendermos destas ameaças é mesmo formarmos a nossa opinião tendo por base a melhor formação e informação e em consequência e depois de avaliadas todas dimensões, formularmos o nosso juízo.
A comunicação social tem nesta matéria um papel importante. A imprensa livre é de resto um requisito fundamental de uma Democracia saudável.
A comunicação social exerce nas Democracias, de forma livre e independente, esse importantíssimo papel que é o de escrutinar o funcionamento de todas as nossas instituições democráticas, informando, discutindo, contraditando, sendo um farol do pluralismo e garantindo dessa forma, a livre formação de uma opinião pública forte e qualificada, com sentido e espírito crítico.
Não há democracia sem imprensa livre, nem imprensa livre e independente sem democracia.
Uma e outra relacionam-se simbioticamente e compete a todos nós, democratas, cuidar das duas.
Até para a semana…