Surgiu recentemente a notícia por parte do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) que poderia estar em marcha a concessão dos serviços municipalizados de águas e saneamento dos concelhos de Vila Franca de Xira, Arruda dos Vinhos, Odivelas, Loures, Sobral de Monte Agraço e Amadora à Águas de Portugal e Águas do Tejo Atlântico, “cozinhada à socapa” nos gabinetes. Na última reunião de Câmara de Vila Franca de Xira, duas trabalhadoras dos Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento afetas ao STAL quiseram saber se em causa podem estar os postos de trabalho e outras possíveis consequências da mega concessão que ainda não se sabe se será ou não uma realidade. Fernando Paulo Ferreira, presidente da Câmara, tentou sossegar as trabalhadoras garantindo que os postos de trabalho estão assegurados e que não haverá alterações.

Elsa Arruda e Maria Pinto que trabalham há largos anos nos SMAS de Vila Franca são contra a concessão do serviço à poderosa Águas de Portugal. “Não será coincidência todos os concelhos incluídos nessa operação serem do PS, à exceção de um mais pequeno?”, o de Sobral de Monte Agraço, levantaram a dúvida. No que concerne aos resíduos, que neste caso pertencem diretamente à gestão camarária, as trabalhadoras também exprimiram os seus receios, dado que uma das empresas que opera no mercado e que pode vir a assumir responsabilidades na matéria é a Mota-Engil “que explora os trabalhadores até ao tutano”. “Vamos deitar fora o trabalho de excelência que os SMAS fazem graças aos seus trabalhadores?”, questionou Elsa Arruda, enquanto teme pela subida das faturas se for atribuída a concessão à ADP. Os trabalhadores temem entre outras questões “uma possível insegurança no seu vínculo laboral, com a provável imposição de um horário semanal de 40 horas, mobilidade geográfica e polivalência”, pode ler-se no site do STAL.

Fernando Paulo Ferreira garantiu que não haverá alterações de “nenhuma espécie” em perspetiva. “Os SMAS não são uma empresa, mas serviços municipalizados e é nesse contexto que os trabalhadores continuarão a exercer o seu trabalho”, sendo “uma estrutura com sustentabilidade e capacidade de investimento”. “O preço da água na casa das pessoas é dos mais baixos na área da EPAL e continuará a ser visto que não está previsto um aumento das faturas”.

Entretanto o sindicato refere que está a organizar um abaixo-assinado entre os trabalhadores dos municípios da Amadora, Arruda dos Vinhos, Loures, Odivelas, Sobral de Monte Agraço e Vila Franca de Xira, estando também agendados plenários.

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