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Segura, barata e de boa qualidade é assim que a ERSAR avalia a água da torneira na região

Os serviços de águas e saneamento nos municípios da área de influência do nosso jornal continuam a obter nota positiva por parte da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR). Regra geral, os concelhos seguem a mesma classificação para os diferentes indicadores, sem grandes oscilações negativas ou mais positivas, em relação a outros dados pulicados pela mesma entidade em anos anteriores. O pleno é praticamente conseguido na avaliação de água segura para consumo, apesar das muitas queixas, nos nossos concelhos, de que o líquido que sai das torneiras não possui o melhor sabor. A nossa região possui ainda uma cobertura física do sistema de abastecimento de água com níveis acima da média nacional.

Este que é um dos principais dados, o facto de existir água canalizada na maioria das habitações sem recurso a água fora da rede municipal obtém um nível de 100 por cento no serviço da Águas de Alenquer; 99 por cento nos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento ( SMAS) de Vila Franca de Xira; a Águas de Azambuja obtém 98 por cento; a Cartágua, no concelho do Cartaxo, 97 por cento de cobertura; à Águas do Ribatejo é atribuído um valor de  96 por cento (que é também média nacional). O sistema municipal de Arruda dos Vinhos não forneceu este indicador ao regulador.

A ERSAR continua a depreender ainda que a água não está cara nos concelhos da região, apesar desse não ser o sentimento da população. Assim e considerando os valores para os diferentes concelhos, a entidade continua, à semelhança do ano passado, a considerar que é fácil para os agregados pagarem esta fatura. O item da acessibilidade financeira está bem cotado pelo regulador, sendo considerado como bom em todos os nossos concelhos, exceto Alenquer, onde a fatura na componente da água e saneamento se situa num nível mediano, ainda de acordo com o regulador.  A ERSAR estabelece este indicador para um rendimento anual médio das famílias de 41 mil 045 euros.

É nos concelhos onde há privados a operar que a população fica menos vezes sem resposta a reclamações

Constatámos ainda que nem todos os sistemas passam com nota positiva na componente de resposta a reclamações, sugestões ou pedidos de informação escrita. A Águas de Alenquer, a Águas de Azambuja e a Cartágua fazem o pleno com uma classificação de 100 por cento. Ou seja, é nos concelhos onde o privado opera que se tem maior nível de exigência em não deixar passar a crítica do consumidor sem uma resposta. Já no concelho de Arruda este valor é visto como satisfatório. A Águas do Ribatejo, gerida por sete concelhos, não respondeu. Os SMAS de Vila Franca continuam a registar este fator como um calcanhar de Aquiles, ainda desde o passado mandato autárquico, com nota insatisfatória atribuída pela ERSAR.

Já no que diz respeito a um dos indicadores relacionados com a sustentabilidade dos sistemas, e cobertura de gastos. Os SMAS de Vila Franca de Xira, para o ano de 2023, continuam a ser o sistema mais eficiente de toda a região, com classificação de bom pelo regulador. Os sistemas de Azambuja e Águas do Ribatejo obtém uma classificação insatisfatória. Neste caso, a Águas de Azambuja regista uma queda em relação ao ano de 2022 quando obteve classificação mediana. Já no concelho de Alenquer a cobertura de gastos é avaliada como mediana bem como no concelho do Cartaxo, que em 2022 garantia uma avaliação boa. A Câmara de Arruda consegue também uma classificação mediana.

No que respeita aos níveis de adesão ao serviço, é relevante perceber que apesar das taxas de cobertura aparentemente cobrirem a generalidade dos territórios, ainda há quem resista em ligar-se à rede e preferir formas artesanais para transporte de água para suas casas. Apenas no concelho de Vila Franca a adesão é boa, chegando aos 99, 1 por cento. A Câmara de Arruda não respondeu. Nos concelhos onde a ruralidade ainda impera, como os da Águas do Ribatejo, Azambuja, Alenquer, Cartágua os níveis são insatisfatórios. Sendo que o pior resultado é alcançado pela Águas da Azambuja com os níveis mais baixos no domínio dos sete concelhos da nossa área de influência. Neste que é o ano em que a concessão chega a meio, será importante perceber-se quais são as resistências na dotação de todo o concelho com água infraestruturada.

A água não faturada é também uma das preocupações dos sistemas que procuram não contribuir para a balança dos prejuízos, e manter-se em níveis positivos de equilíbrio financeiro. Quando falamos desta variável estamos a falar pura e simplesmente de gastos que não foram cobrados por parte da empresa aos consumidores. A média nacional neste campo ainda nos 27,1 por cento. Os SMAS de Vila Franca voltam a destacar-se pela positiva com uma média de 22,6 por cento, valor ainda assim considerado como mediano pela ERSAR, também com nota mediana fica a Águas da Azambuja (20,8) e a Águas do Ribatejo (29,5) e Águas de Alenquer (24,2). Com pior classificação com valores mais altos em que o indicador é medido pela entrada de água no sistema que não é faturada ficam a  Cartágua com 32, 6 por cento; e a Câmara de Arruda dos Vinhos com 33,7 por cento (níveis considerados insatisfatórios).

Quisemos perceber ainda qual a avaliação tendo em conta o número de vezes em que há avarias nas condutas que levem a perdas de água e falhas no abastecimento. Na Águas do Ribatejo e na Águas de Azambuja este indicador é avaliado como bom. Já nos SMAS VFX, Alenquer; Arruda dos Vinhos a classificação é mediana, e na Cartágua insatisfatória. O Valor Local interpretou também estes dados para a entidade em alta que fornece grande parte dos nossos concelhos, a Aguas de Vale do Tejo que obteve boa classificação para todos os indicadores aqui analisados

Na componente do saneamento, a ERSAR dá classificação boa a todos os sistemas da nossa região, bem como na acessibilidade económica, apesar de alguns municípios já se situarem no limite como o de Alenquer. Já o sistema intermunicipal de tratamento de águas residuais, Águas do Tejo Atlântico, é dada nota positiva, nível bom pela ERSAR na componente da resposta a sugestões e reclamações; adesão ao serviço; e cobertura de gastos, sendo contudo insatisfatório o campo no domínio da reabilitação de coletores. Nem todos os itens medidos pela ERSAR estão patentes neste artigo. Pode ser consultado o dossier completo no site da entidade reguladora, escolhendo o RASARP 2023.

Cobertura de Gastos é umas das preocupações da Águas do Ribatejo

Numa reação aos dados apresentados pelo Valor Locl, a Águas do Ribatejo destaca-se positivamente de novo pelo facto de fornecer água segura para consumo, mas também por ficar em conta, de acordo com a mesma entidade, no bolso dos clientes. A AR regista ainda um número reduzido de avarias nas condutas

Ao Valor Local, Francisco Oliveira, presidente do conselho geral da empresa e Miguel Carrinho, diretor geral da AR, destacam o trabalho que foi realizado desde a constituição da empresa em 2009, sendo que “os bons níveis de acessibilidade física refletem a disponibilidade do serviço público de abastecimento de água de forma praticamente universal, fornecendo água com excelente qualidade, como demonstram os resultados dos milhares de análises realizadas anualmente”, destacam. “Estes parâmetros são resultado do investimento realizado, mas, sobretudo, do esforço diário de uma equipa incansável que incorpora os valores de serviço público na sua atividade, em prol de todos aqueles que utilizam os nossos serviços.”

Contudo a AR regista outros itens onde ainda há que melhorar segundo a ERSAR, na cobertura de gastos apresentada como insatisfatória, sendo também classificada como insatisfatório o nível de adesão ao serviço por parte dos clientes. Questionámos a empresa se a partir daqui podemos depreender que a Águas do Ribatejo ainda não conseguiu equilibrar totalmente o fator económico e financeiro com a necessidade de não onerar demasiadamente os clientes, sendo tal algo difícil, até porque aqueles são simultaneamente munícipes e eleitores. Porventura, a adesão ao serviço também em níveis insatisfatórios segundo análise da ERSAR derivará do facto de ainda existirem formas de captação de água alternativas à rede pública em alguns concelhos.

Miguel Carrinho, diretor geral da empresa intermunicipal

A AR responde ao Valor Local que a vertente económico-financeira de sustentabilidade é, e foi sempre, uma das preocupações dos municípios.

Numa análise dos dados da ERSAR, diz a empresa que “a avaliação reflete, no caso do abastecimento, uma cobertura de gastos acima do desejável e, no caso do saneamento, abaixo do desejável”, e como tal “este desequilíbrio, apesar de se manter ainda, tem vindo a ser atenuado ao longo dos anos com uma trajetória tarifária de crescimento no saneamento e de contenção no abastecimento.”

Importa, no entanto, sublinhar que, no conjunto dos dois serviços, “o resultado é bom, ou seja, se somarmos os rendimentos e gastos dos dois serviços, o grau de cobertura de gastos é de 1,02, o que traduz um equilíbrio da estrutura de gastos e rendimentos da AR”, contrapõe a AR ao regulador.

No que se refere à adesão ao serviço, “temos situações distintas”. “No abastecimento de água, a adesão é praticamente universal, nos locais em que o serviço está disponível. Este indicador, no caso da água, acaba por ser penalizado pelo facto de existirem ainda, nalguns dos concelhos, muitas casas que têm o serviço disponível, mas onde não reside ninguém”, constata.

Já no caso do saneamento a empresa tenta refletir que o indicador traduz o efeito referido para a água onde se registam níveis de adesão ainda com margem para crescer nalgumas das zonas em que foi efetuada a ampliação das redes. “Temos procurado, e vamos continuar a fazê-lo, sensibilizar as pessoas para a importância de se ligarem, sempre que o serviço está disponível”.

A empresa destaca, por último, entre outros investimentos que está em fase de conclusão o processo de instalação de painéis fotovoltaicos para produção de eletricidade em três instalações da AR, num investimento que ronda os 300 mil euros, e que vai permitir substituir parte da eletricidade fornecida pela rede por eletricidade 100 por cento verde produzida nas instalações. 

Outro dos investimentos prende-se com um projeto piloto, já numa escala considerável, de “contagem inteligente”. No âmbito deste projeto está prevista a instalação de cerca de 2.500 “contadores inteligentes”, que vão permitir aferir com maior rigor os balanços hídricos de determinadas zonas, com o objetivo de reduzir.

Daniel Silva, diretor da ADAZ

Águas da Azambuja atenta aos níveis de adesão ao serviço por parte de quem ainda prefere os furos à água da torneira

Já naquilo que é o veredito da entidade reguladora para a Águas da Azambuja no âmbito de mais um estudo RASARP, a empresa aparece como tem sido hábito nos últimos anos bem classificada em questões como acessibilidade física quer na água quer no saneamento; acessibilidade económica quer na água quer no saneamento e água segura. Daniel Silva, diretor da empresa, sublinha o contributo dos acionistas que tem permitido que o concelho, neste âmbito, ande sempre no pódio dos melhores no país.

O responsável sublinha que no que respeita à eficiência hídrica, tem sido feita “uma recuperação notável” nos últimos anos, “que permite à data, a empresa estar muito próxima de valores que a Entidade Reguladora considera como de ‘Qualidade do serviço Boa’, na prática obter uma percentagem de perdas de água abaixo dos 20 por cento, quando a média nacional se situa perto dos 30 por cento, e continuam a existir muitas entidades gestoras que perdem mais de 50 por cento da água.”

Contudo e em contraponto, a ADAZ não obtém uma avaliação positiva quer no que respeita à adesão ao serviço com índice insatisfatório e cobertura de gastos também insatisfatória segundo o mesmo estudo.

Daniel Silva responde que no que respeita aos valores destes indicadores, especificamente uma percentagem de 77,6 por cento na adesão ao serviço de água e uma cobertura de rede de água a rondar os 98 por cento, é algo que permite tirar duas conclusões: “Existe ainda um conjunto de munícipes que não bebem a água segura da nossa rede, preferindo ter alternativas como furos de água não controlados nas suas propriedades, mesmo que legalmente, tendo rede de distribuição de água junto às suas propriedades sejam obrigados a ter a respetiva ligação; ou, existe um desajustamento no indicador de referência para o cálculo do indicador sobre os alojamentos clássicos que poderão ser potenciais clientes. Este último fator é muito importante quando verificamos um crescimento muito acentuado de clientes e uma significativa reabilitação e ocupação do parque habitacional do concelho”, pelo que a ERSAR poderá ter efetuado em última análise uma subavaliação deste fator nas palavras do responsável da ADAZ.

“A melhoria deste indicador é um trabalho árduo e continuo existindo sempre o compromisso de melhoria no sentido de promoção da ligação à rede pública municipal de distribuição de água por parte dos azambujenses”, compromete-se a empresa, adiantando que vai prosseguir “o trabalho de identificação de todos estes casos que possuem furos de água, a maior parte deles não licenciados pela Agência Portuguesa do Ambiente”.

Decorrida metade do período da concessão, “vamos continuar o trabalho de monitorização e otimização de pressões nas redes de água, substituição de redes nas zonas mais críticas em articulação com o município, criação de novas zonas de medição e controlo, instalação de telemetria em grandes clientes, substituição de acessórios hidráulicos, renovação de contadores, entre outros, com o intuito de melhorar sempre a qualidade de serviço prestado à população residente em Azambuja.”

Vítor Moreira, presidente do conselho de administração dos SMAS de Vila Franca de Xira

SMAS de Vila Franca contrataram mais recursos humanos para prestar melhor serviço na resposta a críticas e reclamações da população

Os SMAS de Vila Franca de Xira são sempre um dos sistemas da região que maior destaque positivo merece por parte do regulador, seja em questões como acessibilidade física quer na água quer no saneamento; acessibilidade económica quer na água quer no saneamento; água segura; cobertura de gastos do sistema; e adesão ao serviço por parte dos consumidores.

Vítor Moreira, presidente do conselho de administração da empresa municipal, sustenta que “tem-se sabido, em Vila Franca de Xira, nos últimos 25 anos, implementar um conjunto de medidas de modernização da estrutura dos SMAS, que  tem colocado a empresa municipal nos mais elevados padrões de qualidade, com destaque para os laboratórios químico e de microbiologia, e mais recentemente o laboratório de contadores.”

Ao nível da exploração e renovação das redes de água e saneamento, “tem-se conseguido dotar os seus técnicos já de si de elevada qualidade, das ferramentas tecnológicas que lhe permite, manter os SMAS, nos mais qualificados sistemas de gestão de água e saneamento do pais”, opina.

Adianta ainda que através de “uma política rigorosa de controlo de custos, levamos a cabo um caderno de investimento exclusivamente proveniente da sua faturação, na renovação das redes e modernização dos equipamentos instalados.”

Contudo os SMAS de VFX nos últimos anos não conseguem melhorar no capítulo das respostas a reclamações, sugestões e pedidos de informação escrita, obtendo classificação insuficiente da ERSAR. O próprio administrador corrobora que este é um capítulo a melhorar, e por isso “já em 2024 foi realizado um reforço do capital humano de forma a melhorar este indicador”.

“Paralelamente os SMAS reforçaram os canais de comunicação, através das redes sociais, estando presente desde o início de 2024, na sua grande maioria.”

Já em questões como água não faturada, e número de avarias em condutas, a classificação da ERSAR aponta para o mediano. Vítor Moreira junta que os SMAS estão atentos à necessidade de renovação permanente das redes de abastecimento de água, “que tem sido uma constante ao longo do último quarto de século, tentando incrementar ainda mais este domínio.”

Por outro lado, os SMAS vão ainda ampliar o número de Zonas de Medição e Controle (ZMC); concluir a instalação de caudalímetros em todos os reservatórios de água existentes; fazer face à da pressão na rede em zonas a definir e sempre que possível e sem afetar a qualidade do serviço prestado; proceder à substituição de contadores envelhecidos, e instalar o mais rapidamente possível contadores com telemetria em cerca de 1000 locais de consumo entretanto identificados.

O que estão a fazer as empresas e os municípios face ao aumento das temperaturas e à necessidade de a água não faltar nas torneiras

Nesta época de verão, como já vem sendo hábito o Valor Local tenta perceber junto das principais empresas e sistemas da região de que forma sentem os constrangimentos procurados pelo aumento do consumo de água e a necessidade de não deixar esgotar o líquido nas torneiras de casa de cada um. Segundo a Águas do Ribatejo, em resposta ao nosso jornal, através de Francisco Oliveira, presidente do conselho de administração da AR e Miguel Carrinho, diretor geral da empresa, “a preocupação com a resiliência dos sistemas não é exclusiva duma determinada época do ano. É certo que é nos meses de maior calor que a pressão sobre os sistemas aumenta, mas as medidas têm de ser contínuas.”

A AR realizou “investimentos significativos” ao longo dos últimos 15 anos (mais de 160 milhões de euros), “grande parte dos quais exatamente para assegurar essa maior resiliência dos sistemas”. Entre eles a AR destaca “a construção de mais de 30 captações de água para aumento da capacidade de produção; a construção de cerca de 40 reservatórios para aumentar a capacidade de reserva; a substituição de algumas centenas de quilómetros de condutas para melhorar o desempenho da rede e diminuir perdas; a aquisição de novos equipamentos mais modernos e eficientes, e a aposta na formação e desenvolvimento de competências dos nossos recursos humanos.”

A questão da procura assume, por isso, uma importância crítica, nesta altura do ano para o concelho que abastece vários municípios ribatejanos, nomeadamente Salvaterra de Magos e Benavente. “É fundamental que os cidadãos estejam conscientes da importância do recurso água, e de que o mesmo deve ser utilizado de forma racional e responsável”, advertem os dois responsáveis, que evidenciam que “continuam a persistir situações de utilização de água de forma pouco criteriosa, fazendo com que a pressão sobre os sistemas seja muito grande e, por via dessa pressão, o risco de falhas aumente exponencialmente.”

Com esse objetivo, a AR “tem vindo a realizar, de forma continuada ao longo dos anos, campanhas e ações de sensibilização, junto de escolas, instituições e outras entidades, em colaboração com os municípios e outros parceiros, como é o caso da DECO, por exemplo.”

Já na gestão dos espaços verdes e as utilizações de água para rega, “existe hoje uma preocupação e atenção especial à tipologia de vegetação a colocar em zonas verdes, à procura de origens de água alternativas à rede pública, à eficiência dos sistemas de rega, que não existia num passado muito distante.”

Já no concelho de Azambuja e nesta época em que a água tende a faltar nas torneiras, a empresa através do seu diretor geral, Daniel Silva, salienta que a água é fornecida em alta pela Águas do Vale do Tejo (EPAL) “não existindo atualmente necessidade de proceder a restrições no seu consumo”. Para além disso, salienta, a Águas da Azambuja, que ao longo dos anos “têm sido criados mecanismos que permitem criar redundâncias aos sistemas de abastecimento” de forma a lidar com possível escassez. A empresa implementou ainda um sistema de monitorização de caudais e de acompanhamento dos níveis de reservatórios em tempo real por zonas de abastecimento de água (telegestão). “Têm sido ainda otimizadas todas as situações em que é necessário fazer interrupções de abastecimento de forma a minimizar o impacto sentido pela população”. O contributo do município e das juntas “é também muito importante de forma a reduzir-se o tempo de atuação nessas situações”.

No que respeita à necessidade de moderação das regas em espaço público, a concessionária sublinha a “excelente” relação com o município nesta gestão. Destaca a empresa que foi instalado um sistema de telemetria em todos os jardins urbanos sob responsabilidade do município, que permite fazer o acompanhamento dos consumos de água naqueles espaços verdes municipais, “permitindo que sejam detetados possíveis problemas no que diz respeito a avarias, havendo o compromisso da ADAZ de alerta sempre que este tipo de situações ocorra, fazendo com que haja uma redução no desperdício de água”.

Já os Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento de Vila Franca de Xira, destacam medidas tendo em conta o aumento das temperaturas e a conjugação com a necessidade de a água não faltar nas torneiras. “Esta é uma preocupação constante e permanente”, assinala Vítor Moreira, presidente do conselho de administração da empresa. “Os SMAS mantêm um controlo permanente nas suas redes, através de uma equipa de operadores, suportados por um sistema de telegestão de serviço permanente 365 dias por anos, assim como de equipas de manutenção em prontidão para responder às exigências da rede e/ou qualquer anomalia que se venha a detetar.”

Ao nível do espaço público e em articulação com a Câmara de Vila Franca “tem-se vindo a limitar ou mesmo a desativar espaço de ornamentação nomeadamente jogos de água, naquilo que é o controle das regas em espaço púbico.”

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