Investimento de 5 milhões de euros da Águas do Tejo Atlântico
A nova Fábrica de Água de Arruda dos Vinhos deverá estar pronta no prazo máximo de dois anos. A promessa foi deixada por Alexandra Serra, presidente do Conselho de Administração da Águas do Tejo Atlântico (AdTA), na assinatura do contrato de consignação da obra à empresa vencedora. A iniciativa que decorreu, no passado dia 9 de março, em Arruda dos Vinhos, e visa uma alteração profunda na atual ETAR, ao ponto de ser mais uma reconstrução do que uma beneficiação. Ao todo, este projeto da Águas do Tejo Atlântico terá um custo de cerca de cinco milhões de euros, com uma duração mínima de 720 dias, estando a entrada em funcionamento prevista para o início de 2025.
André Rijo, presidente da Câmara de Arruda dos Vinhos, demonstrou o regozijo por finalmente conseguir com que este projeto avance, depois de vários percalços com os concursos, sendo que em 2019 o primeiro concurso estava abaixo dos 2 milhões de euros. O autarca recordou o percurso da obra e a sua necessidade para as populações, e salientou que a mesma vem contribuir para “o aumento da qualidade de vida no Vale Encantado”.
Para André Rijo, “todas as entidades públicas, apesar dos avanços e recuos, fizeram o seu trabalho” sendo que agora a “bola” está do lado da empresa privada que venceu o concurso para dar seguimento ao projeto.
O autarca explicou que, na sua opinião, as expetativas avançam agora no sentido de resolver “o principal problema ambiental que existe no concelho de Arruda dos Vinhos”.
André Rijo lembrou a ineficiência desta ETAR que foi sempre um grande problema para o concelho, nomeadamente, na área urbana, recordando que quando chegou à autarquia em 2013 “tínhamos no concelho de Arruda, às portas de Lisboa, uma taxa de tratamento de efluentes de menos 40 por cento”. Passados dez anos, o autarca faz um balanço positivo, vincando a taxa atual de “perto de 80 por cento”.
Assim o presidente da Câmara conclui que existiu um aumento de quase o dobro no que toca ao tratamento de efluentes, sendo que a nova ETAR de A-do-Baço também contribuiu para estes números, entre outras obras.
“É por isso, hoje, um dia feliz, porque damos mais um passo, no caminho que temos procurado fazer desde 2013”, altura em que o PS chegou à Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos.
O autarca diz, entretanto, que o caminho continua com os emissários em A-de-Mourão e Carrasqueiro, entre outras obras que constam do documento estratégico “Arruda 2025”.
Alexandra Serra, presidente do Conselho de Administração da Águas do Tejo Atlântico vincou por seu lado “a importância deste momento”. “Já tardava esta beneficiação” referiu a presidente da AdTA.
Alexandra Serra sublinhou que este é até ao momento “o maior investimento da Águas do Tejo Atlântico em 2023” e reforçou o empenho das equipas “para se chegar até aqui no dia de hoje”.
A responsável sublinhou que a Fábrica de Água de Arruda “é a primeira infraestrutura que vai ter integralmente um processo inovador” no tratamento de águas, e anunciou um trabalho de proximidade com o município para que este esteja mais bem preparado para a instalação de novas indústrias no concelho.
Esta intervenção de remodelação vai dotar a instalação de novas etapas de equalização e tratamento primário e inclui também a remodelação das etapas de pré-tratamento, tratamento biológico, tratamento de lamas.
A empreitada de conceção/construção tem uma duração prevista de 720 dias, permitirá capacitar e melhorar a infraestrutura para tratar a generalidade dos caudais afluentes à Fábrica de Água de Arruda dos Vinhos, a preservação do ambiente e da saúde pública.