Contudo a Câmara de Azambuja quer mais uma vez fazer o protocolo através da transferência de verbas semestrais, mas para isso a associação tem em primeiro lugar de contrair um empréstimo bancário que funcionará como salvaguarda junto da Câmara. O veículo custa cerca de 450 mil euros e a autarquia propõe-se pagar 250 mil.
Este modus operandi do município que já o aplicou noutros protocolos com outras associações, até em mandatos anteriores, é visto como ilegal pela oposição.
Na última reunião de Câmara, e ao contrário do que era regra até aqui, os vereadores do PS impedidos de votar e assim garantir a maioria não foram substituídos. Ana Coelho e António José Matos saíram da sala, e o executivo ficou em minoria.
Inês Louro do Chega e Rui Corça do PSD deram a entender que o acontecimento consistiu numa rasteira do presidente da Câmara, pois já sabia de antemão que aqueles partidos votariam contra. Já o presidente da Câmara Silvino Lúcio preferiu não tecer especiais comentários. Os três vereadores da oposição optaram por se ausentar da votação deixando assim de existir quórum para votar a proposta.
Depois da reunião de Câmara desta terça-feira, chegou à redação do Valor Local um comunicado dos bombeiros a dar conta que vão fazer uma vigília esta quinta-feira, dia 31 de agosto, à noite em frente à Câmara Municipal de Azambuja com o objetivo de demonstrarem todo o seu desagrado e repúdio perante o comportamento da oposição. Consideram que a oposição na Câmara de Azambuja é cobarde e apenas tem prejudicado os bombeiros. Isto são palavras de Ricardo Correia, comandante dos bombeiros locais, neste mesmo comunicado. Os soldados da paz vão ainda entregar um abaixo-assinado à oposição e prometem marcar presença em futuras reuniões de Câmara.
Amanhã, sexta-feira, vamos ouvir Inês Louro do Chega sobre toda esta polémica. A entrevista estará disponível na rádio e no nosso site. Depois às 18h00 recebemos em estúdio, o comandante dos bombeiros de Azambuja, Ricardo Correia.