Azambuja junta-se a dez países que acolhem, em simultâneo, a 22ª edição da “AAmA – Asian & African & Med & Europe and Americas International Art Exhibition”, uma mostra internacional que exalta a liberdade criativa e a diversidade cultural. A exposição, que está patente até 26 de julho, pode ser visitada no Museu Sebastião Mateus Arenque e na Biblioteca Municipal de Azambuja.
Fundada pelo conceituado artista chinês Luo Qi, professor na Academia das Artes da China, a AAmA é uma mostra de escala mundial que reúne, este ano, 160 artistas de 50 países. Em Azambuja, a exposição é composta por cerca de 60 obras físicas e muitas mais em formato digital, com trabalhos apresentados em vídeo.
António Canau Ribeiro, artista plástico e curador local da mostra, desempenha um papel central nesta edição, tendo sido convidado pelo próprio Luo Qi para integrar o comité académico do evento. Em entrevista ao Valor Local, Canau destacou o carácter universal da exposição:
“A AAmA é livre de quaisquer restrições políticas, religiosas ou culturais. Aqui, não há barreiras à criatividade. Num tempo marcado por tensões e xenofobia, esta mostra é uma afirmação de liberdade e de diálogo através da arte.”

A curadoria local organizou as obras em dois espaços distintos para acolher a diversidade técnica e estética da mostra: pintura, escultura, gravura, fotografia, serigrafia e técnicas mistas. Segundo Canau, a opção por dividir a exposição entre o museu e a biblioteca municipal foi uma necessidade logística face ao elevado número de trabalhos e à variedade de suportes.
Sobre a seleção de obras em exibição, Canau foi perentório: “Seria injusto destacar apenas uma ou duas peças. O valor está na diversidade. Cada obra reflete uma visão do mundo, uma vivência particular. Há aqui trabalhos com grande reconhecimento internacional, mas todos são igualmente válidos.”
Questionado sobre a colaboração com o município, Canau sublinhou a “excelente recetividade” e o envolvimento das estruturas camarárias: “Desde a presidência à equipa de divulgação, todos se mostraram disponíveis, colaborativos e empenhados. Este projeto só foi possível porque houve vontade política e uma dedicação acima do esperado por parte de todos os envolvidos.”, conclui. Na inauguração, o vereador da Cultura, António José Matos, reforçou também a disponibilidade dos trabalhadores do município na organização da exposição.