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CPCD na Póvoa reforça papel comunitário e quer continuar a crescer

Desde 2018 que o CPCD – Centro Popular de Cultura e Desporto da Póvoa de Santa Iria acolhe o Krav Maga entre as suas modalidades. A arte marcial, de origem israelita, foi introduzida por Sérgio Parreira, que “pediu instalações para fazer uma demonstração e foi ficando”, explicou Joaquim Ramos, presidente da coletividade, ao Valor Local. Após a saída de Parreira, a atividade foi assumida por Alexandre Topete, mantendo-se em plena atividade até hoje.

“A verdade é que qualquer atividade desportiva ou cultural que se consiga instalar no CPCD, desde que haja espaço, traz sempre vida à coletividade”, frisou Joaquim Ramos, destacando a importância da dinâmica associativa no tecido social local.

Atualmente, o CPCD é palco de uma vasta oferta: além do Krav Maga, acolhe Kempo, Kempo Filipino, futsal, natação — “o ex-líbris da casa” —, zumba, cicloturismo e mais recentemente atletismo. “Tem muita coisa, sim. Quando cheguei, em 2016, tínhamos praticamente quatro atividades. Hoje somos uma coletividade com um ritmo fora do normal para o que é comum na maioria das associações”, referiu o dirigente.

Assista à reportagem em vídeo do Valor Local junto da modalidade de Krav Maga

Parte desse crescimento foi possibilitado pela reorganização do espaço físico da coletividade. “Tínhamos várias repartições inutilizadas. Transformámos salas que antes serviam para festas e eventos em áreas para práticas desportivas e culturais. Adaptámo-nos, especialmente durante o Covid, para sobreviver e evoluir”, recordou.

Criação de um novo pavilhão é sonho da coletividade

Um dos grandes projetos em curso é a construção de um novo pavilhão. “É nosso, estamos a concluí-lo com recurso a um empréstimo com a Caixa Agrícola. Pensamos que ainda este ano não ficará totalmente pronto, mas já vamos poder treinar nesta época”, revelou.

O apoio da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal tem sido essencial, segundo Ramos: “A Junta tem-nos apoiado muito na parte material e humana, e a Câmara tem contribuído com apoio financeiro, o que é fundamental.”

Com cerca de 700 atletas nas diferentes modalidades, o CPCD posiciona-se como um dos principais agentes de proximidade na freguesia. “Fazemos aquilo que os políticos não conseguem fazer: estamos perto da comunidade”, destacou.

Quanto ao futuro, o dirigente não esconde a ambição. Está em curso uma negociação para aquisição de um terreno contíguo ao atual espaço da coletividade. “Queremos implantar o padrão do CPCD. O terreno ainda não é nosso, mas estamos em conversações com o proprietário e com alguns investidores”, adiantou.

“Cheguei cá porque o meu filho andava aqui, e o presidente anterior queria sair. Hoje o meu filho já cá não anda, mas eu fiquei.”

Sobre a sua entrada na direção, Ramos contou: “Cheguei cá porque o meu filho andava aqui, e o presidente anterior queria sair. Hoje o meu filho já cá não anda, mas eu fiquei. Amanhã saio eu, e espero que outro pai queira continuar, porque isto não pode morrer.”

O trabalho da direção tem sido feito com grande empenho pessoal. “Tiramos horas à família. O nosso tesoureiro, por exemplo, trabalha de madrugada, e vem para cá depois de almoço. Há muito investimento pessoal aqui”, garantiu.

Apesar das dificuldades em recrutar novos membros para a direção, Ramos mantém-se otimista: “Com insistência e dedicação, ainda conseguimos arranjar quem queira ajudar.”

Exemplo dessa força de vontade é a organização das Corridas CPCD, uma das iniciativas mais exigentes do ponto de vista logístico. “É uma operação que envolve policiamento e muita preparação. Mas é isso que queremos: crescer, sempre”, concluiu.

Krav Maga no CPCD: Ensinar a defender, não a atacar

Alexandre Topete, treinador de Krav Maga no CPCD, destaca a importância de trabalhar a defesa pessoal com os mais jovens: “O objetivo principal é pôr esta rapaziada a trabalhar a forma como se podem defender na escola, na rua, onde quer que seja, mas de uma forma defensiva. Não é para os ensinar a crescerem agressivos.”

As aulas de Krav Maga Kids são, acima de tudo, uma experiência lúdica e educativa. “Isto é uma aula de diversão, onde acabam sempre por aprender alguma coisa”, afirma o instrutor.

Apesar de admitir que “não é fácil” captar novos praticantes, Topete reconhece que há uma crescente procura por parte dos pais. “Cada vez há mais agressividade. Muitos pais trazem os filhos para que tenham uma base de defesa, que transmitimos de forma leve e a brincar.”

A divulgação do Krav Maga tem passado sobretudo pelas redes sociais e pelo apoio da coletividade. “O CPCD ajudou muito ao montar uma sala adequada, mais apelativa. Depois é o boca-a-boca, os amigos a trazerem amigos”, partilha.

Também os adultos têm procurado o Krav Maga como ferramenta de autodefesa e autoconfiança. “As ruas estão mais perigosas, e as pessoas querem sentir-se mais seguras. Este sistema, que não é exatamente uma arte marcial, mas sim uma defesa pessoal prática, ajuda nesse sentido.”

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