Edit Template
Botão Ouvir Rádio

Carregando...

Carregando...

Botão Ouvir Rádio

João Nicolau assume a câmara sem maioria e define alianças como teste ao novo ciclo político em Alenquer

João Nicolau tomou posse como presidente da Câmara de Alenquer e deixou claro, desde as primeiras palavras, que inicia funções num cenário político mais fragmentado do que aquele que o PS conheceu nos últimos 12 anos. Sem maioria absoluta, afirmou que governa “por mandato do povo, não por concessão dos partidos”, e que o futuro do concelho dependerá da capacidade de transformar pluralidade em estabilidade, mas sem abdicar do programa que os eleitores aprovaram.

Num discurso menos celebratório e mais político, assumiu que a autarquia inicia “um contrato de exigência e proximidade”, lembrando que o resultado eleitoral não lhe dá margem para governação solitária, mas também não legitima bloqueios. Dirigiu-se às restantes forças com um aviso: diálogo, sim; cedência de princípios, não. “O programa que apresentámos é o norte que nos orienta. As formas de lá chegar podem ser discutidas. O rumo, não”, afirmou, deixando claro que o PS quer liderar consensos e não ser refém deles.

Sem referir adversários diretamente, mostrou preocupação com a crescente polarização e com a facilidade do discurso populista. Falou da necessidade de decisões com método, transparência e contas prestadas aos cidadãos, lembrando que a política local “não pode ser palco para gestos simbólicos”, mas terreno de soluções concretas, sobretudo num concelho pressionado por habitação, mobilidade e educação.

João Nicolau assumiu a herança de Pedro Folgado, agradecendo os 12 anos de governação socialista, mas demarcou terreno: quer continuidade no essencial, mas com renovação na forma de governar. Prometeu uma câmara mais presente, mais aberta às freguesias e mais rápida na resposta. Nas prioridades destacou saúde com unidades capazes de fixar médicos, construção de nova escola para Alenquer e Carregado, creches, habitação acessível com compra e recuperação de imóveis, revisão do PDM e simplificação do urbanismo. No ambiente e serviços públicos, anunciou intenção de recuperar a gestão da água e criar empresa municipal para resíduos.

Na mobilidade, vincou projetos estruturantes como a circular do Carregado, mais transportes públicos, vias requalificadas, passeios seguros e ligações cicláveis. Na economia, posicionou Alenquer como território estratégico no eixo Lisboa-A1-A10, defendendo áreas empresariais organizadas e emprego qualificado como forma de fixar população e aumentar rendimentos.

Consciente da nova correlação de forças, afirmou que vai convidar todas as bancadas a acompanhar os dossiês estratégicos desde o início, da saúde às águas, para evitar paralisias futuras. “Não prometemos unanimidade, prometemos seriedade”, disse. E fechou com um sinal de autoridade política: “Agora é tempo de arregaçar as mangas. Alenquer votou para ser governada, não para ficar à espera.”

Pedro Folgado deixa mensagem de gratidão e apela ao respeito democrático

Depois de doze anos à frente da Câmara de Alenquer, Pedro Folgado despediu-se do cargo com emoção e sentido de dever cumprido. Agradeceu aos vereadores, trabalhadores municipais, juntas de freguesia, associações, instituições e à população que acompanhou o projeto socialista ao longo de três mandatos consecutivos. Recordou que a governação foi feita com vitórias e dificuldades, mas sempre com o propósito de servir o concelho.

Reconheceu que estas eleições trouxeram maior equilíbrio político e afirmou que isso é sinal de uma democracia viva e participada. Sublinhou que, quando o resultado não é o esperado, não se critica o eleitorado — compreende-se a mensagem. Defendeu que quem vence deve ter a responsabilidade de executar o programa que apresentou, e que a política só preserva credibilidade quando respeita a vontade popular.

Num quadro sem maioria absoluta, apelou ao diálogo e ao entendimento entre forças políticas, alertando para o risco de coligações negativas construídas apenas contra quem governa. Pediu que prevaleçam pontes e não trincheiras, sempre em nome do futuro de Alenquer. Deixou também um alerta para os perigos do populismo, da crítica fácil e da degradação do debate público nas redes sociais, onde muitas vezes se atacam famílias e se desvirtua o serviço público.

Falou da necessidade de dignificar a política com verdade, trabalho e humildade, para que os melhores não se afastem da vida pública. Terminou com votos de sucesso ao novo executivo liderado por João Nicolau e com uma palavra pessoal dirigida à família, agradecendo a compreensão pelos anos de ausência. “Agora terão de se habituar à minha presença”, rematou, entre emoção e ironia.

Explorar

guest
0 Comentários
Oldest
Newest Most Voted
Inline Feedbacks
View all comments

O Valor Local

logo_cabecalho

Jornal e Rádio Regionais dos concelhos de AzambujaAlenquerCartaxoVila Franca de XiraSalvaterra de MagosBenaventeCadavalArruda dos Vinhos e Sobral de Monte Agraçol

Telefone: +351 961 971 323
(Chamada para a rede móvel)

Telefone: +351 263 048 895
(Chamada para a rede fixa nacional)

Email: valorlocal@valorlocal.pt

Últimas Edições Impressas

  • All Posts
  • Água e Ambiente
  • Art
  • Artigo
  • Autárquicas
  • Blog
  • Cultura
  • Destaque
  • Destaques
  • Dossier Águas
  • DOSSIER ATERRO DA QUEIJEIRA
  • DOSSIER PARQUES SOLARES DA REGIÃO
  • Economia
  • Edição Impressa
  • Fashion
  • Gadgets
  • Health
  • home
  • Lifestyle
  • Memórias
  • Nacional
  • Observatório Valor Local
  • Opinião
  • OUTRAS NOTÍCIAS
  • Política
  • Reportagem
  • Sociedade
  • Tauromaquia
  • Travel
  • Valor Científico
  • Vídeo

© 2013-2024, Valor Local

Desenvolvido por:   CordTech.pt – Marketing & Design