Numa das últimas reuniões de Câmara, o vereador do PSD, Nuno Miguel Henriques, demonstrou o seu repúdio pelo facto de “o município ter esquecido a efeméride da data da morte de Damião de Góis já que em 2024 passaram 450 anos do seu desaparecimento”.
Segundo o autarca, a Câmara divulgou “durante muitos anos, até agora, erradamente a data da morte de Damião de Góis, no Salão Nobre dos Paços do Concelho”. “Essa comemoração deveria ter sido preparada antecipadamente, pelo menos com dois anos, para ser de âmbito Europeu, Nacional, Regional (pois a CIM Oeste também ignorou) e local.”, considera Nuno Miguel Henriques em nota de imprensa.
“Mais grave é ainda, que no Salão Nobre, dos paços do Concelho, que é um edifício histórico, a divulgação da sua data de partida física, porque um intelectual, só morre quando acaba a memória, esteve durante anos incorreta, dizendo 30 de Dezembro em vez de 30 de Janeiro de 1574”, resume. Na mesma reunião, o vice-presidente da Câmara, Tiago Pedro, desvalorizou o tom, evidenciando que o município tem preferido por evocar, principalmente, o aniversário do humanista como foi em 2022 com os seus 520 anos.
Damião de Góis foi historiador, epistológrafo, viajante, diplomata e alto funcionário régio,e figura maior do humanismo europeu.