Está a aumentar o número de casos de doenças sexualmente transmissíveis em todo o país e no caso do Hospital Distrital de Santarém o número de pacientes na consulta de ginecologia também engrossou, embora não seja dado a conhecer um número. De acordo com o médico da especialidade, Hugo Barros, o início mais precoce das relações sexuais e de forma desprotegida pode estar a contribuir par este quadro. “Tem sido comum a chegada de doentes por via da urgência ao hospital”.
No último ano as infeções por Gonorreia em Portugal aumentaram 80 por cento, mas também os casos de Sífilis. Os números do HPV diminuíram devido à existência de uma vacina para o efeito. Já quanto aos números da clamídia mantêm-se estáveis. Segundo Hugo Barros “a população mais jovem perde muitas vezes a noção do risco” e é também nos grupos etários mais novos que os números têm aumentado.
Por outro lado, o facto de o HIV ter deixado de comportar uma carga como uma doença potencialmente fatal, também contribuiu para o baixar da guarda da população quanto ao uso do preservativo. “De facto as pessoas relaxaram um pouco e deixaram de se proteger”.
Sendo assim esclarece que é importante que se esteja atento a possíveis sintomas destas infeções que podem incluir corrimento vaginal anormal, com mau cheiro, nas mulheres; um ardor uretral nos homens; presença de úlceras genitais; verrugas na zona genital e anal; ardor nas relações sexuais; presença de febre e dores abdominais. Quando não tratadas podem evoluir para infertilidade ou mesmo cancro ginecológico. De referir que numa fase inicial, estas doenças podem ser assintomáticas. No caso do Vírus do Papiloma Humano, existe vacina “que deve ser tomada por rapazes e raparigas antes do início da atividade sexual”. Por outro lado “deve-se fazer o rastreio com regularidade a fim de se detetar possíveis lesões do colo do útero”.
Regra geral, as doenças sexualmente transmissíveis são tratadas com farmacologia adequada, desde antibióticos.
