Três das crianças feridas ontem na escola básica de Azambuja já tiveram alta. Ao contrário do que se veiculou, os seis feridos registados eram todos colegas do aluno agressor que nesta altura está ao cuidado das autoridades e a receber acompanhamento psicológico.
Conforme o Valor Local adiantou ontem, a criança, passou a noite na ala pediátrica do hospital da Estefânia em Lisboa, desconhecendo-se, se nos próximos dias regressará a casa com os pais, que também têm recebido acompanhamento psicológico.
Nesta altura, uma menina com ferimentos mais graves, permanece internado no hospital de Santa Maria, desconhecendo-se o seu estado de saúde. Os outros dois feridos, estão a ser acompanhados no hospital de Vila Franca de Xira, e embora já não necessitem de cuidados muito aprofundados, estão a ser monitorizadoss pelas equipas clínicas do hospital.
Hoje, a Escola Básica de Azambuja abriu as portas, normalmente, mas com alguns cuidados por parte das autoridades. Aliás, a própria escola emitiu um comunicado onde dava conta que, esta quarta-feira, seria um dia normal de aulas. Uma estratégia definida pelos psicólogos, para tentar que a vida dos alunos e professores volte o mais rapidamente ao normal.
Dos cerca de 450 alunos, compareceram na escola hoje, apenas 320. Um reflexo da insegurança ainda sentida, embora o arranque do dia de hoje e até ao encerramento da escola, esteja a ser acompanhado pela GNR e Proteção Civil.
De acordo com a vereadora da proteção civil da Câmara de Azambuja, Ana Coelho, ao longo de todo o dia, alunos, professores e auxiliares, tiveram por perto uma equipa de psicólogos do município e também da ULS de Vila Franca de Xira, que se disponibilizou para acompanhar todos os envolvidos, direta e indiretamente.
Sendo esta uma situação inédita em Portugal, Ana Coelho considerou que todos os elementos da proteção civil trabalharam em uníssono: “Foi um verdadeiro trabalho de equipa” o que na opinião da autarca, mostrou quão organizado está o sistema em Azambuja.
A vereadora destacou o empenho dos corpos de bombeiros de Azambuja e Alcoentre, e também da Cruz Vermelha de Aveiras de Cima, bem como de todos os outros agentes da proteção civil que estiveram no terreno.
Ao Valor Local, a vereadora referiu que foram criadas equipas de psicólogos, e que nos próximos dias, serão feitas algumas sessões para os docentes e não docentes, de certa forma para os ajudar a lidar com esta situação.
