A Festa do Torricado está de regresso ao pavilhão do Grupo Desportivo de Azambuja e prolonga-se de sexta a domingo. A organização é conjunta entre o GDA e o Rancho Folclórico Ceifeiras e Campinos de Azambuja, contando ainda com o apoio da Câmara Municipal, da Junta de Freguesia e da Rádio Valor Local. Alexandre Grazina, presidente do GDA, sublinha que esta iniciativa tem como propósito “manter o foco apenas e só no torricado”, preservando aquilo que considera ser uma das tradições mais marcantes da freguesia.
O modelo de funcionamento mantém a fórmula dos últimos anos: dois turnos de almoço, entre as 12h e as 14h e das 14h às 16h, e dois de jantar, das 19h às 21h e das 21h às 23h. Esta divisão, introduzida durante a pandemia, permite organizar melhor o serviço, evitar longas filas e garantir que todos são servidos com mais rapidez. A lotação do pavilhão está preparada para receber 250 pessoas em simultâneo, número que costuma ser atingido sobretudo ao sábado e ao domingo.

Uma das apostas em crescimento é o take away. Nasceu por necessidade, mas ganhou dimensão própria e hoje garante dezenas de refeições por dia. É muito procurado por pessoas que vivem sozinhas, por famílias que preferem levar para casa, ou por quem, por limitações de mobilidade, não pode deslocar-se ao recinto. Sempre que é possível, a organização assegura a entrega ao domicílio dentro da vila.
Alexandre Grazina insiste que o segredo do torricado está na simplicidade bem feita: pão próprio, cortado e tostado na brasa no ponto exato, alho esfregado manualmente, azeite de qualidade e uma pitada de sal. O bacalhau continua a ser o acompanhamento mais pedido, embora o torricado com febra também tenha saída. “É prato de identidade — não é para inventar, é para respeitar”, refere. No recinto há ainda cerca de 18 expositores com artesanato e produtos locais, reforçando o lado comunitário do evento








