O novo Hospital Lusíadas Campera, instalado no Centro Comercial Campera, no Carregado, foi inaugurado esta terça-feira, assinalando a entrada do Grupo Lusíadas Saúde no concelho de Alenquer. A unidade representa um investimento de cerca de 28 milhões de euros e ambiciona tornar-se uma referência para os mais de 400 mil habitantes da região.
A cerimónia contou com representantes do Grupo Lusíadas, do Grupo Névoa — responsável pelo empreendimento imobiliário — e com a presença do presidente da Câmara Municipal de Alenquer, João Miguel Nicolau. A administração da Lusíadas apresentou o projeto como “o início de uma nova história”, marcado por tecnologia moderna e uma aposta na humanização dos cuidados.
Vasco Antunes Pereira, presidente do Conselho de Administração do Grupo Lusíadas, destacou que este é o primeiro hospital do grupo no concelho e o terceiro desenvolvido em parceria com o Grupo Nèvoa. Sublinhou que a unidade poderá vir a empregar cerca de 500 profissionais quando atingir plena capacidade. “Entramos num concelho onde não estávamos representados e onde agora teremos uma presença concreta. A medicina que queremos praticar foca-se cada vez mais na prevenção e na longevidade”, afirmou.
A diretora executiva do hospital, Ana Rita Matias, realçou que o objetivo é reforçar o acesso a cuidados especializados. O hospital abre com 27 gabinetes de consulta e duas salas de bloco operatório, permitindo realizar cerca de 140 mil consultas e 10 mil cirurgias por ano. O espaço inclui ainda imagiologia avançada, áreas de exames complementares e um conjunto alargado de especialidades — da medicina geral e familiar à cardiologia, ortopedia, pediatria, oftalmologia, neurologia e ginecologia/obstetrícia.
A responsável fez questão de frisar a dimensão regional do projeto: “Esta unidade foi concebida para servir não apenas os mais de 40 mil residentes de Alenquer, mas toda uma área de influência alargada. A saúde não passa apenas por cuidar; passa por acolher, ouvir e acompanhar.”
Já a diretora clínica, Zara Soares, natural do concelho, afirmou tratar-se de “um momento histórico para Alenquer”, salientando a importância da unidade para um território “em franco crescimento e com necessidade de reforço de oferta”. Destacou especialidades consideradas estruturantes, como a medicina geral e familiar e a pediatria, bem como a articulação multidisciplinar entre áreas técnicas como psicologia, terapia da fala, pedopsiquiatria e nutrição. “Mais do que os equipamentos, serão as pessoas que darão identidade a esta casa”, apontou.
Em representação do Grupo Névoa, Luís Sousa Ribeiro recordou o percurso do investimento no Campera e a estratégia de revitalização do espaço, que tem incluído a instalação de serviços como farmácia e ginásio. “A população não procura apenas comércio, procura serviços de proximidade. Este hospital enquadra-se na nossa visão de ligação forte à comunidade”, afirmou.
O presidente da Câmara Municipal de Alenquer encerrou a cerimónia sublinhando a relevância do investimento para o concelho. João Miguel Nicolau agradeceu a escolha do território para acolher a nova unidade e reconheceu o papel do anterior autarca, Pedro Folgado, que acompanhou grande parte do processo. “Esta é uma aposta estratégica para Alenquer e para toda a região. Complementa o Serviço Nacional de Saúde e reforça a resposta disponível às famílias”, afirmou, garantindo que o município continuará aberto a novos investimentos considerados estruturantes.
O Hospital Lusíadas Campera encontra-se a funcionar desde 6 de outubro, integrando a rede de unidades do grupo na Grande Lisboa, que agora passa a contar com sete hospitais e mais de 30 clínicas distribuídas pelo país.








