O Movimento de Oposição ao Aterro de Azambuja (MOAA) em conjunto com a Junta de Freguesia de Azambuja rumaram, esta segunda-feira, à unidade da Triaza. Ao longo do percurso, cerca de uma dezena de pessoas manifestaram a sua vontade de ver encerrado aterro que tem motivado queixas quanto aos maus cheiros. No final da caminhada teve lugar um momento simbólico com os participantes a atarem fitas pretas e verdes, símbolo da luta e da esperança, no gradeamento envolvente à unidade.
Margarida Dotti do MOAA vincou que, nesta altura do campeonato, numa altura em que faltam escassos seis meses para que a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT) se pronuncie a respeito da renovação da licença ambiental, “toda a ajuda que possamos ter por parte do poder autárquico é importante” face “ao inferno que significa este aterro”. “Mesmo de máscara sofremos imenso, e por isso tem de fechar”. Há poucos dias terminou a fase de consulta pública pela renovação da licença, sendo que foram inscritas na plataforma cerca de 100 contributos, o que na opinião de Margarida Dotti está dentro das expetativas “até porque não esperávamos uma participação massiva dado que não é assim tão fácil quanto isso inscrever online a opinião”.
Inês Louro, presidente da junta de freguesia de Azambuja, diz que tem acompanhado as preocupações da população, lamentando que a Covid-19 inviabilize “atividades de outra envergadura por parte do MOAA”. A junta de freguesia de Azambuja também contribuiu para o processo de consulta pública.
Instada quanto ao facto de, recorrentemente, ser lembrado pela oposição que a presidente de junta se terá movimentado pouco neste dossier no início do processo que culminou na vinda do aterro para Azambuja, Inês Louro diz que quando chegou à junta em 2013, “já estava tudo decidido” quanto ao aterro e que “a própria população só se começou a queixar nos últimos dois anos”.
A autarca diz ainda que a Câmara tem um trunfo na manga com a caducidade das licenças do aterro decidida em reunião de Câmara. Conforme é sabido a Triaza deixou passar os prazos previstos no final do ano passado para levar a bom porto as suas intenções. “Está a contas com uma caducidade e isto é um argumento muito forte do ponto de vista jurídico. Rogério Alves, advogado da Câmara, pareceu-me muito confiante e muito convicto destes argumentos e com isso a Câmara pode ter uma forte base para conseguir acabar com a atividade desta empresa, Triaza”.