A Loja do Cidadão de Alverca vai ser mesmo uma realidade. O último passo foi dado com a assinatura do auto de consignação da obra, pelo presidente da Câmara, Fernando Paulo Ferreira, e os responsáveis pela empresa construtora. O espaço ficará nas galerias da Auchan, num investimento de quase um milhão e meio de euros. Segundo o autarca, o momento foi considerado de extrema importância para o concelho e toda a região, dado que o equipamento, vai servir, não só a população de Vila Franca, como dos concelhos limítrofes, estando também a um passo de Loures e de Lisboa.
“Trata-se da primeira Loja do Cidadão no concelho, estrategicamente construída num local com boas acessibilidades, que permite que facilmente as pessoas, quer do norte, quer do sul, se desloquem aqui a Alverca”, referiu Fernando Paulo Ferreira, no dia da assinatura da consignação do projeto, tendo destacado que este equipamento ficará situado num local que está em plena transformação, ao aludir às Galerias Comerciais da Auchan (antigo Jumbo) e ao facto de a localização ser “bastante central” em Alverca do Ribatejo. Para o presidente da Câmara, “Alverca tem sabido aproveitar este novo élan, com este impulso que passa pela transformação das cidades”.
O autarca recordou que estas são as cidades do futuro, “com capacidade de deslocação pedonal, com aproximação às zonas ambientais”. Salientou que o local onde vai ficar a Loja do Cidadão, “representa o princípio da cidade dos 15 minutos, em que o nosso solo urbano tem diversos usos, de modo a que a pessoa possa residir, viver, trabalhar, tratar dos seus assuntos administrativos e com a administração pública à distância de 15 minutos”.
A nova Loja do Cidadão, que ficará numa nova ala das Galerias da Auchan, num primeiro andar que ainda está apenas em esboço, vai englobar os serviços do Instituto dos Registos e do Notariado, Autoridade Tributária, Instituto de Segurança Social, uma Loja dos SMAS de Vila Franca, um posto de atendimento da Junta de Freguesia de Alverca do Ribatejo, entre outros.
Projeto contestado pela CDU
Este é um projeto que tem vindo a ser combatido pela CDU de Vila Franca de Xira. Em conferência de imprensa, Nuno Libório, vereador comunista, referiu que a autarquia gerida há 25 anos pelo Partido Socialista, gasta uma média de 250 mil euros em arrendamentos.
Os comunistas defendem, por exemplo, que os serviços municipais dispersos por vários locais arrendados, deveriam passar para o Vila Franca Centro, local onde a Câmara já é uma das maiores proprietárias. Entre outras críticas e sugestões o vereador sublinha que a Câmara devia adquirir as restantes frações para centralizar a maior quantidade de “serviços públicos existentes e dispersos e que estão atualmente em condições inaceitáveis de funcionamento”.
Para a CDU, a Câmara Socialista deveria “encarar este edifício como um objeto de reabilitação urbana, no sentido de dar um efetivo estímulo à vida da cidade de Vila Franca de Xira, que após a hora de fecho dos serviços municipais fica deserta e moribunda, sem qualquer tipo de atividade, quer seja ela de natureza social, quer seja de natureza comercial”.
Presidente da Câmara de Vila Franca desvaloriza críticas da CDU
Questionado pelo Valor Local, o presidente da Câmara de Vila Franca sustenta que não governa para os partidos, antes para as pessoas e recorda que “decisão relativamente à instalação da loja do Cidadão está tomada quase desde o início do mandato e é nisso que estamos a trabalhar”, salientando que agora não há volta a dar, apesar das críticas.
O autarca defende que o projeto da Loja do Cidadão foi desenvolvido pela Agência para a Modernização Administrativa, “que financiou esta obra porque considerou ser este um bom local que serve o conjunto das populações, não só do nosso concelho, mas de fora do concelho”. Recordando a existência de boas vias de comunicação, com a autoestrada e a ferrovia como uma mais-valia.
