Advogando pela rama, pois a poda seria radical, dizer: O Partido Socialista governou- nos (e bem) nos últimos 8 anos.
Cometeu erros?
Obviamente que sim!
Só não erra quem nada faz!
Mas nesses 8 anos, contra ventos e marés para espanto da UE, o país saiu do marasmo político e do sufoco económico que o PSD nos deixou e teve um inaudito crescimento económico.
Todavia, é lugar comum na dialéctica da “extrema” esquerda ou daqueles a quem lhes dá jeito, afirmar que os partidos PPD/PSD e o PS, que por serem partidos do arco do poder, ou melhor, por nos governarem nos últimos 50 anos, são iguais.
Na verdade, o que têm de parecido é a efectiva responsabilidade de governar!
Pois enquanto os primeiros têm uma visão mais liberal da economia global, onde os direitos dos trabalhadores e do povo comum pouco importa… o PS, mesmo perante pressões exógenas, procurou e procura implementar políticas sociais e democráticas mais justas e equitativas.
O PS é responsável pela criação de um invejável estado social, um dos mais progressistas do mundo, virado para quem efectivamente necessita, as pessoas. É assente nesta tão importante e significativa ideologia que o PS não pode ou não deve concordar com a discussão do dia: IRS jovem e o IRC.
Obviamente que quem está de fora como é o meu caso, só vê a banda a passar! Muitas outras políticas estão em jogo, desde logo as autárquicas de 2025, no entanto a ausência de palco faz esquecer o artista.
E esse jejum calhou aos nossos adversários que por sinal Governam com uma margem mínima porque chegaram ao topo sem saber como.
Por essa razão é lugar comum ver os “fazedores de sentenças” Marques Mendes e outros, afirmarem que para o bem dos portugueses e do país que o PS deve aprovar o OE. Quem disse a estes tipos que o que é melhor para o PSD é o melhor para o povo português?
Pois o que eles querem, é ter como garantido o governo até Junho de 2026…
O que poderá estar em jogo são as autárquicas de 2025, sim é verdade, mas com medo de fantasmas, aprovar uma ferramenta que hipoteca a nossa identidade, e quem sabe o nosso futuro?
Volto a referir, posso só estar a ver a árvore…
Aceito, outra decisão, a decisão de quem tem a visão macro da floresta, todavia, por uma questão de Identidade, que acho que é o que nos define dos demais partidos, deixo o pensamento de José Saramago:
“O que as vitórias têm de mau é que não são definitivas. O que as derrotas têm de bom é que também não são definitivas.”