A morte de Odair Moniz, um cidadão abatido na Cova da Moura por um elemento da PSP, na passada semana, cujos contornos ainda estão a ser investigados, e a onda de violência que se seguiu em vários concelhos da Grande Lisboa, com viaturas e caixotes do lixo incendiados, que atirou ainda um motorista de autocarro para os cuidados intensivos do hospital, reacendeu o debate sobre a segurança nos meios urbanos e nos bairros sociais.
O Governo reuniu-se com autarcas da AML que exigiram mais polícias, mais esquadras, e a melhoria das instalações existentes. Em declarações ao Valor Local, Fernando Paulo Ferreira, presidente da Câmara de Vila Franca que faz parte do Conselho Metropolitano de Lisboa, pediu mais videovigilância.
O autarca esclarece ainda que a onda de desacatos não se estendeu ao concelho de Vila Franca de Xira, exceto um caixote do lixo que acabou por arder, mas “não podemos atribuir este facto ao que aconteceu noutros concelhos”.
“Penso que faz muito sentido que o Governo pense na colocação de videovigilância e com isso definirmos espaços que podem acolher esses equipamentos essenciais para melhorar a segurança nas nossas cidades”. O autarca precisa que este processo deve ser dirigido pelo Governo, por forma a agilizar-se a colocação dos equipamentos de uma forma mais rápida, tendo em conta que os municípios estão sujeitos a mais carga burocrática para a instalação daqueles aparelhos.
Em 2022 foi notícia um episódio de confrontos entre elementos da PSP e moradores nos bairros sociais ou mais pobres de Povos, mas o presidente da Câmara é da opinião que existe um policiamento de proximidade e sem problemas entre as autoridades e os moradores, que naquele caso se queixavam do uso excessivo da força por parte dos elementos de segurança.