A tomada de posse de Carlos Alves assinalou o início de um novo ciclo político em Arruda dos Vinhos, com o Partido Socialista a reassumir a governação.
O novo presidente destacou que a candidatura venceu “isolada mas coesa” e que a confiança dos eleitores resulta do facto de terem sido “claros, frontais e sinceros com a população”.
Desde o início do discurso, Carlos Alves deixou claro que respeitará o mandato conferido nas urnas. “Será com o nosso programa eleitoral que iremos governar. Foi esse o contrato de confiança que estabelecemos com os cidadãos”. E acrescentou que, apesar de existir abertura ao diálogo com todas as forças políticas, “a orientação da nossa governação será aquela que os cidadãos escolheram, o nosso programa, as nossas prioridades, a nossa visão de futuro”.
O compromisso com o território foi assumido como linha orientadora: “O que importa é o concelho e não os partidos”. Nesse sentido, o presidente garantiu que a política autárquica “não pode ser pautada pela conveniência, partidária ou individual”, sublinhando que “servir, servir, servir. Esse deve ser o mote”.
Entre as prioridades assumidas para o mandato, destacou a habitação “para garantir que todos tenham acesso a uma casa digna e acessível”, a requalificação urbana, a mobilidade e a valorização do património local. A segurança rodoviária, afirmou, será tratada como “uma questão de proteção da vida e da integridade das pessoas”.
O ambiente e o desenvolvimento sustentável surgiram também como áreas estruturantes da governação. Carlos Alves afirmou que quer “uma Arruda mais verde e resiliente”, com medidas ligadas à eficiência energética, gestão da água e resíduos e conservação do território rural. Na economia local, apontou à valorização do comércio tradicional, apoio às PME, inovação tecnológica e promoção do turismo associado ao vinho, à paisagem e às tradições. “Queremos uma Arruda mais dinâmica, competitiva e com oportunidades”, afirmou.
A coesão social foi apresentada como base de uma comunidade inclusiva. “Queremos uma Arruda onde ninguém fica para trás”, referiu, defendendo políticas de proximidade, apoio às famílias, juventude e seniores. Na governação, garantiu que o município será “próximo, moderno e transparente”, apostando em “simplificação administrativa, digitalização de serviços, orçamentos participativos e prestação pública de contas”.
Aos partidos da oposição, Carlos Alves lançou um desafio claro: “Colaborar é também dar um voto de confiança. Quem executa tem de ter uma oposição à altura, uma que confia, propõe e critica construtivamente”.
Citando Ruth Bader Ginsburg, recordou que “o progresso real acontece passo a passo, caso a caso”, acrescentando que em Arruda esse caminho se faz “rua a rua, bairro a bairro, freguesia a freguesia”. O presidente concluiu afirmando que governará “para todos, sem exceções, com o mesmo respeito e a mesma dedicação”.








