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“Revolução” ambiental na Cimpor promete tirar poeiras e maus cheiros de Alhandra

“A transformação ambiental em Alhandra já está no terreno”, foi desta forma otimista que o presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Fernando Paulo Ferreira, se referiu aos investimentos na Cimpor de Alhandra rumo à neutralidade carbónica, numa das últimas reuniões de Câmara . Estes investimentos a desenvolver pela empresa a longo prazo, apontam também para a necessidade de continuar a não contribuir para a poluição na freguesia que há anos se queixa de maus cheiros e de poeiras provenientes da fábrica de cimentos. A empresa vai investir 121 milhões de euros até 2030.

O presidente da Câmara destacou que o novo parque fotovoltaico já se encontra instalado e “decorrem trabalhos para a produção de energia através do aproveitamento do calor do forno, e respetiva armazenagem através de baterias”. Só este investimento é de 35 milhões de euros visando “cobrir cerca de 60 por cento das necessidades de produção industrial da Cimpor em Alhandra”, o equivalente a “cinco vilas de Alhandra”.

“Diminuição de CO2 equivale à florestação de 5 parques Monsanto”

Estão ainda em marcha outros projetos visando a diminuição das emissões de ruído e menor consumo de energia. “Para terem uma ideia só esta parte da produção poupa anualmente o consumo anual de toda a vila de Alhandra”, destacou o autarca, que se referiu ainda às obras no forno 7 que visam permitir o uso de combustíveis diversificados menos poluentes. “Isso permitirá um impacto transformador na qualidade do ar em Alhandra e em toda a sua envolvente”, permitindo “um salto muito importante para a redução da pegada de carbono não só em Alhandra, mas em todo o nosso concelho”.

“Para terem uma ideia a redução das emissões de CO2 equivale à florestação de cinco parques Monsanto anualmente. É o maior investimento na indústria cimenteira no nosso país e alinha-se totalmente com os nossos objetivos de descarbonizar a economia, mantendo-a dinâmica e criadora de emprego”. Fernando Paulo Ferreira adiantou ainda que a Comissão de Acompanhamento Ambiental da Cimpor criada no âmbito da Assembleia Municipal de Vila Franca será colocada a par “desta transformação estrutural em perspetiva”.

Com 150 trabalhadores, o centro de produção no concelho de Vila Franca de Xira tem atualmente em funcionamento duas linhas fabris e quatro moinhos de cimento, que abastecem o mercado nacional e internacional

De acordo com o jornal Eco, num ranking publicado em junho do ano passado pela associação ambientalista Zero, a Cimpor, que em março passou a ser detida a 100% pela Taiwan Cement Corporation (TCC), surgiu por duas vezes entre os dez maiores poluidores em Portugal, com os centros de produção de Alhandra (5º lugar) e de Souselas (7º lugar) a figurarem no topo.

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