A Câmara Municipal de Salvaterra de Magos assinalou domingo, 1 de dezembro, o 8º aniversário do Reconhecimento pela UNESCO da prática da Falcoaria em Portugal como Património Cultural Imaterial da Humanidade.
As comemorações contaram com a apresentação da obra “Tratados de Falcoaria – Coletânea Séculos XIV – XVI” e com a inauguração da 2ª edição da exposição “Falcoaria no Mundo”, dedicada a Salvaterra de Magos e a Valkenswaard (Países Baixos), cidade com a qual o município de Salvaterra de Magos está geminado desde 1995.
O presidente da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, Hélder Esménio, saudou a presença da comitiva vinda de Valkenswaard e explicou que “no século XVIII foi dessa região que chegaram os mais prestigiados falcoeiros europeus que ficaram aqui na Falcoaria Real ao serviço do Rei de Portugal”. “A presença destes falcoeiros faz parte da história deste edifício setecentista e também da origem de alguns habitantes, na medida em que muitos daqueles se fixaram definitivamente na vila, constituindo família, deixando por isso descendência”.
A segunda edição da exposição “Falcoaria no Mundo” pretende assim “evidenciar a amizade entre dois municípios, uma relação que tem perto de três séculos de história”, acrescentou Hélder Esménio.
Na ocasião foi também reafirmada a geminação entre os dois municípios pela importância que a falcoaria continua a ter hoje tanto para Salvaterra de Magos como para Valkenswaard.
Anton Ederveen, presidente do Município de Valkenswaard, congratulou-se com o facto de os laços entre Salvaterra de Magos e Valkenswaard estarem a ser renovados, tendo o falcão e a falcoaria “um papel importante neste processo”.
O evento das comemorações do 8º aniversário contou igualmente com a apresentação da transcrição e tradução de um manuscrito, intitulado “Tratados de Falcoaria – Coletânea séculos XIV – XVI”, proveniente da antiga Livraria do Convento da Arrábida – Fundação Oriente, um projeto que é iniciativa da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos. Trata-se de um documento que fala sobre “as doenças que afligem os falcões”, cuja tradução foi sugerida por Natália Correia Guedes e que contou com tradução de Filipe Themudo Barata e com a colaboração de Nunziatella Alessandrini.