Os trabalhadores da Cimpor de Alhandra vão cumprir greve entre os dias 16 e 19 de abril. Há 20 anos que os trabalhadores da empresa não cumpriam greve nesta fábrica. Em causa a defesa da proposta de revisão do Acordo de Empresa (aumento salarial e melhoria de direitos). Os trabalhadores da Cimpor de Souselas, Maia e Loulé também aderiram à greve.
De acordo com um comunicado da Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro, a empresa propôs 4,1 por cento, mas os trabalhadores, de acordo com aquele sindicato, esta proposta “não repõe nem melhora o poder de compra, desrespeita os saberes e competências dos trabalhadores, não tem em conta os ganhos de produtividade e não assegura uma justa distribuição da riqueza que produzimos.”
A proposta sindical de revisão do Acordo de Empresa (salários e direitos) para o ano de 2024, de acordo com o sindicato “deve ter em conta os salários em matéria de expressão pecuniária: 8 por cento, com um mínimo de 200 euros”; “período normal de trabalho: 37 horas semanais, a partir de 1 de janeiro de 2025”, mas a empresa deve ter ainda em conta “Anuidades; assistência na doença; retribuição do trabalho por turnos; feriados no regime de laboração contínua; 15.º mês; regime de férias; apoio escolar a filhos dos trabalhadores; transportes e abonos para deslocações; alargamento da progressão de carreira de diversas categorias profissionais; criação de nova categoria profissional (Oficial de Conservação Eléctrica e Electrónica) e melhorias diversas no Serviço de Prevenção.”