A Misericórdia de Benavente assinou contrato até finais de junho de 2024 com a Unidade Local de Saúde do Estuário do Tejo no âmbito do Bata Branca, que vai estar em vigor, sublinha Domingos dos Santos, o novo provedor da IPSS, até ao fim do mês de junho, em declarações ao nosso jornal. Depois “vai depender de vários fatores”, porque no entender do provedor “27 euros por mês” acaba por não ser o valor desejável para os médicos. Ao contrário de Alenquer e Azambuja, Benavente apenas conseguiu 3 clínicos. Um deles está no polo de Santo Estevão a cumprir 35 horas semanais, em 40 horas contratualizadas, “mas não há vontade do médico em ir para além disso”. Já em Benavente estão preenchidas 40 horas de 48 horas contratualizadas. Estes são dados para o mês de abril.
Tal como já acontecia antes no Bata Branca antes da entrada em funcionamento da ULS, a instituição fica com 5 euros em cada 27 euros, mas Domingos dos Santos adianta que esse valor é automaticamente compensado pelo município que consegue cobrir esse valor e como tal cada médico não deixa de auferir os 27 euros. O responsável justifica a necessidade de cativar a verba em causa tendo em conta trabalho administrativo inerente ao Bata Branca. Domingos dos Santos diz que a instituição está disponível para colaborar “mas temos de avaliar as condições”, e salienta que muito possivelmente não vai ser possível reter ou sequer aumentar o número de clínicos. Domingos dos Santos adianta ainda que teve muitas dificuldades em adiantar as verbas aos médicos nos primeiros meses do ano, até receber os valores do Estado.