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André Rijo deixa a Câmara de Arruda dos Vinhos para ser deputado da nação

André Rijo está de saída da Câmara de Arruda dos Vinhos. O autarca foi eleito deputado do PS pelo círculo de Lisboa nas últimas legislativas, e deixa agora o lugar de autarca vago para Carlos Alves, o atual vice-presidente. André Rijo presidia à Câmara de Arruda desde 2013, e estava agora a ano e meio de completar o seu terceiro e último mandato. Por isso, esta eleição, acabou por ser apenas uma antecipação do que iria acontecer em 2025. Recorde-se que o ainda autarca não pode recandidatar-se a mais um mandato consecutivo à Câmara de Arruda.

Ao Valor Local, André Rijo, revela que não teve como dizer não a Pedro Nuno Santos na altura de aceitar o convite. O atual Secretário-Geral do Partido Socialista tem uma relação de amizade de anos com André Rijo, e depois de uma primeira “nega” aceitou o desafio de ir nas listas de deputado. André Rijo sustenta que o caminho será agora, o de acertar alguns pormenores e passar a pasta a Carlos Alves, que ao que tudo indica, deverá ser o candidato socialista à Câmara de Arruda dos Vinhos em 2025 pelo PS.

O ainda presidente da Câmara sustenta que Carlos Alves será o seu sucessor no município, assim que tome posse como deputado, o que acontecerá depois de todos os votos apurados, altura em que Rijo renunciará ao mandato para poder assumir o seu lugar no hemiciclo

Pouco habituado a estar na oposição, André Rijo apenas esteve do lado de lá da barricada, quando foi vereador do PS, enquanto Carlos Lourenço esteve à frente da Câmara, tendo na altura concorrido contra o anterior presidente eleito à época pelo PSD.

No governo, André Rijo, refere que é importante que o PS lidere a oposição e que não faça quaisquer acordos com a AD (PSD e CDS-PP). Para o autarca, que se diz em sintonia com o líder do PS, é importante que cada partido siga o seu caminho. Refere que se existisse um acordo com a AD e o PS, caberia ao Chega a liderança da oposição, e a possível concentração de votos no partido de André Ventura em futuros atos eleitorais com uma possível vitória do mesmo.

André Rijo sustenta que se o PS liderar a oposição será “o melhor serviço que podemos, neste momento, disponibilizar ao povo português e modesta e humildemente olhar para os resultados e perceber aquilo que aconteceu”. Para o agora deputado, o PS deve “procurar reconciliar-se com o povo português, fomentando e estimulando uma nova alternativa de governo da qual possa vir a ser vencedor dum futuro ato eleitoral”.

Socialistas de Vila Franca de Xira fora do Parlamento. Chega do Cartaxo consegue eleição de uma deputada, Jorge Lopes de Azambuja à espreita

 Nestas eleições legislativas um dos dados que salta à vista é que nenhum elemento do PS de Vila Franca de Xira conseguiu a eleição no Parlamento. Algo incomum nos últimos anos. A maior ausência será a de Maria da Luz Rosinha, secretária da mesa da AR nesta legislatura que agora finda, e também antiga presidente de Câmara, que ao seguir na 20ª posição e face à derrota do PS nas urnas não conseguiu lograr a eleição. Muito menos os restantes elementos do concelho que a acompanhavam: o atual vereador João Pedro Baião (39º) e a presidente da concelhia rosa, Diana Mota (47ª). Os representantes do concelho no Parlamento passam a ser Bruno Ventura (AD) e o vereador do Chega na autarquia, Barreira Soares.

No concelho de Azambuja, a atual presidente da Assembleia Municipal, Vera Braz (PS) não conseguiu a reeleição para o Parlamento. Seguia na 25ª posição. Já António Jorge Lopes (AD) tem hipóteses de chegar ao hemiciclo, dado que apesar de ter sido o número 21 pelo distrito de Lisboa, pode tornar-se deputado, se vários elementos da AD que seguiam à sua frente na lista por Lisboa passarem para o futuro Governo, mas nada ainda é muito claro quanto a essa possibilidade. Se conseguir será um pouco à semelhança do que alcançou Vera Braz nas eleições de 2022.  O leque de novos deputados da região fica encerrado com a eleição de Luísa Areosa, professora do Cartaxo, pelo Chega.

O Chega também na região fez um brilharete ao conseguir ser a força mais votada nos concelhos de Benavente e Salvaterra de Magos. Foi segunda força política em Vila Franca de Xira, Azambuja, Alenquer e Cartaxo. A exceção foi o concelho de Arruda dos Vinhos, onde a AD foi a força mais votada, superando o PS em escassos 18 votos. Aqui o Chega ficou em terceiro lugar.

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