A revogação da declaração de interesse municipal para a construção de um aterro na Quinta da Queijeira voltou a ser tema da última reunião da Câmara de Azambuja. A dúvida é sobre o envio da documentação à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e à Comissão de Coordenação da Região de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR).
Em 3 de janeiro de 2014, a Assembleia Municipal aprovou a revogação. Luís de Sousa, presidente da Câmara, afirmou que a documentação foi enviada à CCDR em 14 de janeiro daquele ano. Em setembro deste ano, o presidente da Assembleia Municipal confirmou o envio durante a reunião.
A Coligação Pelo Futuro da Nossa Terra informou que a CCDR não tem registos da correspondência enviada pela Câmara. Jorge Lopes, vereador da coligação, sugeriu que o caso poderia ser investigado pela Polícia Judiciária.
Luís de Sousa negou qualquer irregularidade. Em entrevista ao Valor Local, explicou que já contatou a CCDR e aguarda uma resposta escrita. Ele defendeu que a documentação foi devidamente tratada e que a informação não foi enviada à APA, pois a CCDR foi a única entidade indicada.
O presidente ainda afirmou que, segundo informações de bastidores, a revogação da declaração já não teria sido suficiente para travar o projeto do aterro.
Durante a reunião de Câmara, Jorge Lopes contestou as afirmações de Luís de Sousa sobre o envio da documentação, questionando até a veracidade da notícia publicada. O presidente confirmou a veracidade das declarações, que haviam sido gravadas com consentimento.
Presidente Desmente Boato sobre Aterro da Queijeira
Circulou a informação de que o aterro da Quinta da Queijeira substituiria o aterro de Mato da Cruz, que será fechado devido ao risco ambiental. Luís de Sousa negou essa possibilidade. Ele explicou que recentemente visitou o aterro da Resilei, em Leiria, que segue um modelo semelhante ao proposto para Azambuja, e constatou que a estrutura funciona bem.
A associação Oikos Leiria também foi contactada e afirmou que não há queixas em relação ao aterro da Resilei. Mário Oliveira, da Oikos, destacou que, embora a área tenha o aterro da Valorlis nas proximidades, o modelo em Azambuja não representa foco de preocupação até o moment








