A Câmara Municipal de Alenquer já tem um plano para a mobilidade no concelho. O estudo foi apresentado à população e comunicação social, e tem em conta as necessidades atuais e futuras das populações, em todo o território, mas centra muito da sua ação nos dois polos urbanos, no Carregado e Alenquer.
O Plano de Mobilidade Urbana Sustentável (PMUS) tem em conta algumas variáveis, como o tipo de população, mais ou menos idosa, classe ativa ou jovens adeptos de uma vida saudável. O estudo a cargo da empresa MPT analisou as necessidades do concelho e fez uma radiografia de onde se pode intervir, seja através da construção de uma ciclovia, seja no tipo de piso a utilizar, desde o tipo de calçada à utilização de pinos inibidores do estacionamento. O documento refere ainda a tipificação de transportes públicos a usar em cada uma das freguesias, identificando os padrões de mobilidade e os modos suaves a adotar.
A ideia deste documento é traçar algumas linhas sobre o futuro do concelho de Alenquer para alcançar uma mobilidade intermodal e sustentável e que fomente a utilização de mais transportes públicos por parte da população, levando em conta a criação de incentivos à utilização de veículos mais sustentáveis, diminuindo assim, a emissão de gases poluentes e melhorando a qualidade do ambiente urbano.
Câmara recolheu os contributos da sociedade civil para à posteriori apresentar o resultado final
Para já, foram apresentadas apenas algumas linhas. Este é um documento que serve de ponto de partida e que agora vai recolher testemunhos da sociedade civil com vista a “enriquecer” este projeto que surge como uma espécie de Plano Diretor de Mobilidade.
Este é um plano implantado ainda em poucos concelhos. Talvez por isso tenha suscitado tanta curiosidade por parte dos munícipes que encheram quase por completo a sala de sessões do município de Alenquer.
Pedro Folgado, presidente da Câmara, destacou a importância deste plano e vincou que a presença de várias organizações neste evento é importante, assim como o seu contributo.
O autarca sublinhou que este plano “não é uma receita fechada neste momento” e destaca que a ideia seria “apresentar um diagnóstico profundo do concelho de Alenquer”. “Queríamos conhecê-lo na totalidade e percebermos a preocupação, em particular, com Alenquer e Carregado, onde existe uma maior pressão automóvel”.
A ideia é ter um plano para futuro, e vinca que “para arranjarmos soluções temos de conhecer o território e perceber o que existe. Independentemente das soluções que conseguirmos encontrar, era importante contar com o contributo de todos os parceiros de Alenquer e que pudessem realizar comentários e sugestões”.
Tiago Pedro, vice-Presidente da Câmara, com a área do planeamento dos espaços públicos, sublinhou sobre este plano que “é um documento sério e comprometido que, por certo, vai estar na agenda política durante muitos anos”.
O autarca sustentou que este documento será importante, tendo em conta que incluirá as linhas orientadoras “para aquilo que deve ser o nosso novo Plano Diretor Municipal, que expande a nossa área industrial e as bolsas urbanas”.
Tiago Pedro salientou que é possível que no futuro aumente a população no concelho de Alenquer, e para acolher mais pessoas “é natural que tenhamos medidas para as acolher, fundamentalmente mitigando os efeitos nefastos que existem com a chegada de mais pessoas a algumas das nossas freguesias”.