A Câmara Municipal de Alenquer já tem, finalmente, o negócio fechado para a aquisição de um terreno onde será construída a alternativa viária com vista à retirada do trânsito de pesados do interior de Casais Novos rumo à empresa Santos e Vale.
A negociação com o proprietário do terreno não foi fácil, mas o município conseguiu, entretanto, uma renegociação em que o negócio ficou fechado por 300 mil euros. O valor inicial rondava os 900 mil euros, pedidos pelo dono do terreno, mas Pedro Folgado garante que a renegociação acabou por ser mais favorável à Câmara. O autarca diz entender a necessidade de rentabilidade por parte do proprietário, mas sublinha que agora só falta mesmo marcar a escritura “para depois podermos lançar o concurso”.
Pedro Folgado refere ao Valor Local que houve necessidade de consultar um avaliador das Finanças, para conseguir chegar a acordo neste processo. Ao todo são cerca de 500 metros de extensão, que vão fazer toda a diferença no descanso dos moradores e na circulação dos pesados.
Em cima da mesa poderá estar ainda a participação financeira da empresa Santos e Vale, Lda, que será a principal utilizadora da “variante”, mas sobre este assunto, que já tinha sido colocado em cima da mesa pelo autarca, não houve ainda qualquer contacto. Ou seja, Folgado refere que ainda não abordou a “Santos e Vale” sobre o tema.
Aliás, o presidente da Câmara sustenta que a empresa já tinha manifestado interesse em participar financeiramente, mas a abordagem, garante, Folgado, só será feita após a escritura.
Quanto a custos, há várias hipóteses em cima da mesa. O autarca diz que tudo se resume ao tipo de projeto. Se for uma mera plataforma com alcatrão tem um custo, acrescentar uma ciclovia tem outro e assim por diante. Para já o autarca, não faz muitas contas, mas refere que aquela zona irá passar a industrial e nessa altura poderá até fazer sentido uma ciclovia. “Poderemos não arrancar agora com essa possibilidade, mas talvez no futuro”, mas no limite o autarca gostava de equipar ainda a infraestrutura com passeios. Pedro Folgado, não nega a morosidade do projeto, mas afirma que gostava que a obra fosse inaugurada no fim do ano.
Nos últimos anos, a empresa em causa tem sido fator de stress diário para os habitantes. Numa primeira fase incomodou os habitantes da Passinha, que através de uma decisão judicial em 2023 favorável, conseguiram impedir a circulação de mais do que 20 camiões por dia. Depois a empresa começou a usar um trajeto alternativo por Casais Novos na Rua da Juventude. Também aqui os moradores se queixam do trânsito noturno de camiões.