No dia 16 de outubro comemorou-se o Dia Mundial da Alimentação em mais de 150 países com várias iniciativas e eventos. Em 2025, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) definiu o tema “De mãos dadas para uma alimentação melhor e um futuro melhor”, sendo esta uma oportunidade para refletirmos sobre a forma como comemos, produzimos, compramos e desperdiçamos alimentos Desta forma, a Unidade de Dietética e Nutrição da Unidade Local de Saúde Estuário do Tejo associa-se a esta comemoração assinalando o dia com sugestões de medidas que podem ser adotadas para garantir escolhas alimentares equilibradas, conscientes e mais amigas do ambiente.
Entre as estratégias que se podem implementar, destacam-se por exemplo o planeamento adequado das refeições da semana, tendo em conta o número de elementos da família e utilizando os alimentos que já tem em casa. Esse planeamento permitirá elaborar uma lista de compras, com quantidades definidas, para evitar excessos.
Na ida às compras, é fundamental dar preferência aos produtos locais e sazonais, medida esta que traz benefícios a vários níveis, nomeadamente a valorização dos produtos da região, a escolha de alimentos mais saborosos, mais nutritivos e muitas vezes mais económicos.

Em casa, os produtos adquiridos devem ser acondicionados e armazenados adequadamente para evitar que se deteriorem. Procure mantê-los frescos e sem exposição direta à luz e, nos casos em que se aplique, utilizar a refrigeração e a congelação, de acordo com o tipo de produto. Outra estratégia para otimizar a utilização dos alimentos e evitar desperdício é a verificação regular da data de validade, devendo ser ajustada a forma de armazenamento de modo que os produtos com prazo de validade mais curto fiquem à frente e possam ser utilizados em primeiro lugar.
Há também medidas a ter em conta aquando da confeção dos alimentos, nomeadamente o ajuste das porções às necessidades da família, de forma a reduzir o desperdício. Se ainda assim existirem sobras, estas podem ser reaproveitadas para outras refeições ou ser incorporadas em novos pratos. Os alimentos que sobram podem também ser congelados em recipientes apropriados para utilização posterior.
As folhas, talos, cascas, ossos, espinhas e cabeças de peixe podem ser utilizadas para preparar caldos caseiros para aromatizar e enriquecer as preparações culinárias, evitando desta forma os caldos e temperos industrializados que são menos equilibrados do ponto de vista nutricional. As cascas de batatas e de alguns legumes podem ser utilizadas para fazer chips crocantes no forno ou para utilizar em caldos de sopas ou outras confeções. Já o pão, quando fica duro, pode ser utilizado para açordas, migas ou para torrar de forma a guarnecer outros pratos.
A Unidade de Dietética e Nutrição da Unidade de Saúde Estuário do Tejo criou o e-book “Sabores das Lezírias no Prato” inspirado na tradição gastronómica das Lezírias e do Estuário do Tejo. Nele encontram-se algumas receitas tradicionais da região, que foram construídas com o objetivo de otimizar recursos e minimizar o desperdício. Este e-book pode ser consultado através do QR code ou no site https://www.hospitalvilafrancadexira.pt/.








