O município de Alenquer anunciou, numa das últimas reuniões do executivo, o encerramento da escola básica da Labrugeira. A vereadora da Educação na Câmara de Alenquer, Cláudia Luís, informou que os alunos do jardim de infância e 1º ciclo da escola da Labrugeira vão passar a ter aulas na escola da Cortegana, também na freguesia da Ventosa. Em causa a falta de condições da escola. “Isso mesmo foi apurado através de uma visita com a técnica de saúde ambiental e que confirmou a necessidade de encerramento do estabelecimento”, adiantou a vereadora.
Ouvida pelo Valor Local, a presidente da junta de freguesia da Ventosa não esconde a mágoa pelo encerramento de um estabelecimento por onde passaram gerações de habitantes da Labrugeira. Liseta Almeida é da opinião de que o município deve pensar na requalificação do espaço. No próximo ano letivo transitam para a Cortegana 10 alunos do jardim de infância (JI) e 21 alunos do primeiro ciclo do ensino básico em regime de turma mista. Já na Cortegana temos atualmente 15 alunos em JI e 20 no ensino básico. Aquela escola dispõe de uma sala livre para receber os novos alunos.
Ao longo dos anos, a escola da Labrugeira foi recebendo obras pontuais, mas “a junta de freguesia não tem capacidade de suportar intervenções de grande vulto, contudo sempre procurou responder da melhor forma possível e de acordo com as suas competências ao que lhe foi solicitado”, pode ler-se num comunicado que a junta de freguesia escreveu aos encarregados de educação a vincar que deseja uma solução. Apresentou “orçamentos destinados à melhoria dos espaços” e a necessidade de “requalificação da escola existente pois reúne área de logradouro envolvente que permite a sua ampliação. É nossa convicção e vontade a permanência desta escola, evitando mais uma situação de património escolar devoluto na nossa freguesia”. Liseta Almeida aguarda agora por boas notícias do município nos tempos vindouros para que possa haver uma segunda vida para a escola da Labrugeira. Em reunião de Câmara os vereadores da oposição, Nuno Henriques e Miguel Carretas lamentaram o estado de coisas, “já que é fundamental fixar população em localidades como esta e a existência de uma escola é vital”.