A Jodel, fabricante de detergentes para os principais supermercados, situada em Aveiras de Cima, está a atravessar dificuldades financeiras. Os 190 trabalhadores estão com ordenados em atraso, e alguns deles já suspenderam o contrato de trabalho de forma a poderem aceder ao subsídio de desemprego. Benny Freitas, dirigente sindical do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Centro-Sul e Regiões Autónomas (SITE-CSRA), dá conta ao Valor Local que no próximo dia 13 de setembro está agendada uma reunião com a empresa para se perceber qual será a proposta da Jodel, sendo que é ponto de honra acautelar o pagamento dos salários dos trabalhadores. Para já 190 pessoas estão na iminência de serem atiradas para o desemprego.
A empresa já fez saber que a situação pode ser apenas temporária. Certo é que os portões da Jodel têm permanecido encerrados em alguns dos últimos dias. A situação afeta muitos trabalhadores do concelho de Azambuja que têm o seu posto de trabalho naquela empresa. Segundo Benny Freitas a empresa sofreu baixas a nível das encomendas, o que fez cair o volume de produção. Esta é uma empresa com uma larga quota de mercado no fabrico de detergentes para o cliente doméstico.
O SITE-CSRA está a acompanhar a situação dos trabalhadores e relata que o diálogo com a empresa está a decorrer normalmente, contudo “é preciso perceber se vai ou não fechar definitivamente e que garantias dão os acionistas”. No caso de as quase duas centenas de trabalhadores perderem o seu posto de trabalho “esperamos que as entidades também sejam céleres”. “Se for nomeado um administrador judicial que o processo de viabilização ou de insolvência não prejudique os trabalhadores e que a Segurança Social também disponibilize as devidas garantias”.
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