A nova Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) já trata os efluentes da freguesia de Samora Correia que inclui esta localidade e as povoações do Porto Alto e dos Arados. A ETAR foi construída na Herdade de Palhavã, em Porto Alto, numa zona de charneca, rodeada de montado de sobro, fora da malha urbana e perto do rio de modo a minimizar os impactes sociais e ambientais. As obras chegaram aos 5 milhões de euros e servirá 18 mil pessoas.
O terreno adquirido pela AR-Águas do Ribatejo EIM previu a duplicação da ETAR numa segunda fase de modo a garantir também o tratamento dos efluentes das bacias da Esteveira e da Murteira que atualmente são tratados nas ETAR existentes.
A população servida passará dos atuais 18550 habitantes para 36450 utilizadores e o horizonte temporal será para 30 anos.
A nova ETAR de Samora Correia e as estações elevatórias associadas, Quinta dos Gatos (Samora), Bordalo Pinheiro e Pendente 2 (Porto Alto), estiveram em período de testes desde setembro, “sofrendo os normais ajustes e afinações nos equipamentos que compõem o sistema de tratamento”, refere a empresa em comunicado de imprensa.
Neste início de 2022, os indicadores avaliados no último trimestre, “comprovam a eficiência do tratamento evidenciada na qualidade da água devolvida ao rio e ao ciclo urbano da água através do emissário de descarga construído na margem esquerda do Rio Sorraia, a montante do limite da zona de proteção do estuário do Rio Tejo, no Porto Alto.”
A intervenção com uma empreitada de cerca de 5 milhões de euros incluiu a construção dos emissários e condutas com 10 quilómetros e três estações elevatórias para encaminhar o “esgoto” para a ETAR.
As novas estações intermédias foram implementadas nos locais das ETAR de Quinta dos Gatos, Bordalo Pinheiro e Pendente 2 (Porto Alto) que estavam em final de vida útil com debilidades de funcionamento.
A operação representa “o maior investimento de sempre” feito com capitais próprios da AR, uma vez que a empresa intermunicipal assumiu cerca de 4 milhões de euros do investimento com base num empréstimo bancário e capitais próprios.
O Fundo de coesão por via do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos POSEUR PORTUGAL 2020 assegurou uma comparticipação de 850.377 euros.