Os Bombeiros de Azambuja assinalaram, no passado fim de semana, os seus 93 anos de existência. Os voluntários levaram a cabo uma série de iniciativas, nomeadamente, um simulacro de um acidente rodoviário, um desfile de viaturas e a habitual sessão solene.
Antes, os bombeiros viram a sua nova viatura ser benzida pelas autoridades locais da igreja, o que serviu também de mote para que Thays Freixo, comandante dos bombeiros de Azambuja, desse o passo seguinte e pedisse a construção de um novo quartel.
A operacional relembrou que a última batalha foi ganha, nomeadamente, com a aquisição do novo veículo de desencarceramento, e que agora, caberia à autarquia e à associação darem o passo seguinte para o novo edifício. Segundo a Comandante, “o desafio anterior está concretizado, o que faz com que felizmente, o nosso leque de veículos se mantenha no caminho da evolução, como tem sido apanágio desta instituição” mas recorda, no entanto, que alguns veículos já tem mais de 20 anos ao serviço da associação.
Para a comandante “existe um grande desafio pela frente que só poderá ser concretizado com o integral apoio do município e possíveis fundos comunitários”. Sublinha Thays Freixo que defende a construção de um quartel novo, “que não está esquecido, até porque a nossa frota composta por vários veículos não cabe no nosso parque de viaturas”.
Também António José Matos, presidente da associação, recordou os desafios com os quais os bombeiros lutam todos os dias, e criticou a utilização de empresas privadas para o transporte de doentes: “ O Estado está a mercantilizar o transporte de doentes não urgentes tirando esse serviço aos bombeiros”, o que faze com que “as associações sejam mais concorrentes que solidárias”. “Estamos obrigados a pagar despesas correntes com receitas extraordinárias, e isso pode ser o caminho do fim” sublinhou o responsável.
Silvino Lúcio, presidente da Câmara, destacou o papel do município junto das entidades de proteção civil, nomeadamente os bombeiros de Azambuja e Alcoentre e Cruz Vermelha de Aveiras de Cima. O autarca recordou que Azambuja foi pioneira na comparticipação de equipas nos corpos de bombeiros, e que também a Central Única é um exemplo a nível local e regional, destacando que a sua operacionalidade tem sido uma mais-valia.
A tarde, composta pelas habituais homenagens aos soldados da paz, não ficou completa sem a tomada de posse oficial do adjunto de Comando Fernando Coração e dos novos bombeiros, que fizeram na tarde de domingo o seu juramento.
