O Partido Socialista do Sobral de Monte Agraço anunciou ter recusado a proposta de acordo apresentada pela coligação Sobral Pode Mais (PSD) para a composição e gestão dos órgãos municipais após as eleições autárquicas de 12 de outubro.
Em comunicado, a estrutura local socialista explica que esteve presente numa reunião exploratória com representantes da coligação vencedora, realizada a 20 de outubro, na qual foi apresentada uma proposta de entendimento que incluía a atribuição de pelouros. A proposta incluía ainda participação do partido nos restantes órgãos autárquicos do concelho, como a Assembleia Municipal e as Assembleias de Freguesia do Sobral e de Santo Quintino.
Segundo o documento, a proposta incluía uma vereação em regime de meio tempo, com pelouros nas áreas do cemitério, veterinário municipal e modernização administrativa. No entanto, após análise interna, o PS concluiu que a proposta “não era adequada face ao volume e à exigência do trabalho que o concelho requer”, defendendo ainda a necessidade de “preservar a identidade, os valores de independência e a liberdade de decisão do Partido Socialista”.
O partido sublinha que não poderia aceitar um acordo que implicasse a viabilização prévia de documentos de gestão municipal, como o Orçamento e as Grandes Opções do Plano, “sem o conhecimento prévio do seu conteúdo”.
Relativamente à Assembleia Municipal, o PS considera que a presidência deve ser assumida pela coligação Sobral Pode Mais, “que, embora sem maioria, venceu as eleições”, mas defende que a mesa do órgão deve refletir “a pluralidade democrática”. Nas freguesias, o partido adianta que viabilizará os executivos propostos por quem venceu as eleições, respeitando “a vontade dos eleitores”. No caso da Assembleia de Freguesia do Sobral, considera ainda que a mesa deveria integrar representantes das três forças políticas mais votadas. Em Santo Quintino, o PS decidiu não integrar a mesa da Assembleia, e a freguesia da Sapataria não foi abrangida pelas conversações.
O comunicado termina sublinhando que, “respeitando democraticamente o resultado eleitoral”, o PS entende ser mais útil “manter a liberdade de decisão política e estratégica, avaliando cada proposta em função do seu mérito e do bem comum”.
A concelhia do PS afirma, contudo, que mantém “total disponibilidade para o diálogo institucional e para colaborar com todas as soluções que promovam o desenvolvimento do concelho e o bem-estar dos sobralenses”.








