A passagem da campanha presidencial de Marques Mendes por Sobral de Monte Agraço e a forma como a nova presidente da Câmara, Raquel Lourenço, recebeu o candidato foi alvo de crítica na última reunião do executivo por parte da oposição CDU e PS. Em causa esteve o facto de o candidato ter assinado o livro de honra do município. A autarca defendeu-se afirmando que Marques Mendes assinou o livro na qualidade de conselheiro de Estado.
Luís Soares, da CDU, sublinhou que a visita do candidato apoiado pelo PSD nada teve a ver com as suas funções enquanto conselheiro de Estado. Para o eleito, Raquel Lourenço abriu um precedente grave, lembrando que as candidaturas presidenciais são unipessoais e que a presidente da Câmara deve manter total neutralidade. Lamentou ainda que o executivo não tenha sido informado da situação em tempo útil, reforçando que Marques Mendes percorreu as ruas do Sobral enquanto candidato à presidência da República e não no exercício de qualquer função de Estado.
Também Fátima Estevão, vereadora do PS, criticou a falta de imparcialidade da presidente da Câmara, lembrando que Marques Mendes tirou fotografias com autarcas locais do PSD enquanto decorria a campanha. Na resposta, Raquel Lourenço voltou a justificar a assinatura do livro de honra com o estatuto de conselheiro de Estado. Acrescentou ainda que receberia da mesma forma o candidato presidencial António José Seguro, apoiado pelo PS, sublinhando que o antigo secretário-geral socialista foi seu professor na universidade.
André Ventura é igualmente candidato presidencial e conselheiro de Estado. Fica por saber se, caso passe pelo Sobral durante a campanha, será também convidado a assinar o livro de honra.
As eleições presidenciais realizam-se a 18 de janeiro, com Marques Mendes a liderar as sondagens neste momento.








