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André Vaz: “E o Estreito de Ormuz”

Neste mês de junho fomos confrontados por uma nova vaga de instabilidade no palco internacional. A guerra entre Israel e o Irão dificulta ainda mais uma região do mundo que poucos de nós conheceu como pacífica e com um impacto brutal na economia mundial.

A maior das preocupações em qualquer que seja a guerra, é a sua escalada para um conflito internacional (à escala mundial) pelo impacto direto nas vidas humanas perdidas e na destruição do património das famílias e empresas residentes na região. Mas é o estreito de Ormuz que pode ter impacto na vida quotidiana de milhões de pessoas. A possibilidade de a retaliação iraniana, agora mais remota, ser o encerramento do estreito de Ormuz, é uma bomba nuclear na economia mundial.

A importância do estreito de Ormuz reside em ser a única passagem marítima que liga o Golfo Pérsico ao oceano Índico, com a responsabilidade pela passagem de 20% do petróleo e gás natural transacionado no mundo, numa área que alberga Emirados Árabes Unidos, Omã, Qatar, Kuwait e Arábia Saudita. Sendo estes os países conhecidos por serem dos maiores produtores de petróleo e gás do mundo e sem alternativa marítima para escoar os seus produtos, conseguimos deduzir o impacto na economia internacional que o bloqueio do estreito pode ter. Ao mesmo tempo, o Irão é dos maiores produtores mundiais de trigo, cevada, arroz e milho, alimentos importantes na cadeia alimentar mundial e onde o impacto da subida das suas cotações nos mercados internacionais poderá prejudicar os mais pobres.

Qualquer alternativa ao estreito de Ormuz será sempre mais dispendiosa, quer pelo aumento da distância a percorrer e pelo tempo utilizado, quer pela necessidade de se encontrarem fornecedores alternativos. E como diz a Lei da Oferta e da Procura, quando a Oferta reduz para uma Procura constante, o preço subirá. Com a utilização do petróleo, do gás natural e seus derivados em tudo o que fazemos ou utilizamos na nossa vida, faz com que a probabilidade de choque inflacionista aumente com impactos semelhantes ao que verificámos na invasão da Ucrânia pela Rússia. Assim, podemos ser confrontados com a alteração da política monetária seguida pelo Banco Central Europeu (de redução da taxa de juro de referência), com o objetivo de voltar a conter a inflação.

O encerramento do estreito de Ormuz só nos conduz a alguns vencedores da guerra entre Israel e o Irão, como é o caso da Rússia. A subida do preço do petróleo e do gás natural, consequência da possível retaliação económica por parte do Irão, faz com que os restantes produtores de combustíveis fósseis ganhem dinheiro sem qualquer ação da sua parte. Mais uma vez, tornando-se mais regra do que exceção, as guerras que foram desencadeadas nos últimos anos resultaram em vencedores económicos, os maiores prevaricadores.

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