A Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos reuniu-se com responsáveis da Agência Portuguesa do Ambiente tendo em vista a intervenção da entidade estatal em vários pontos do concelho. Carlos Castro, da APA, visitou alguns locais onde no futuro vão decorrer obras de requalificação, relacionadas com as intempéries de 2022. Em cima da mesa esteve nomeadamente a necessidade de a APA agir prontamente para que se dê um novo rumo à empreitada há muito anunciada para a zona das Cascatas de Arruda. Pretende-se ainda desenvolver alguns projetos de requalificação, nomeadamente no Rio Grande da Pipa e no rio da Verruga com a construção de uma zona pedonal entre o rio e o parque urbano das rotas, nomeadamente, com a requalificação das margens junto ao parque urbano
O presidente da Câmara, Carlos Alves, explica que uma das visitas aos locais prendeu-se exatamente com uma deslocação à Ponte dos 4 Caminhos. O objetivo passa por efetuar uma intervenção mais profunda “no sentido de se construir uma ponte com o objetivo de se ultrapassarem as questões relacionadas com as situações de cheias”, mas também se alertou para a necessidade de requalificação de taludes na zona das Laranjeiras “que tem de ser resolvida” relacionada com o rio e a necessidade de implementação de muros de gabião.
Sobre as Cascatas, o presidente da Câmara já tinha adiantado ao Valor Local, anteriormente, que o projeto estava entregue ao mesmo gabinete de arquitetura do Parque Urbano das Rotas, depois de ter sido auscultada a população que definiu que tipo de características gostaria que o local pudesse doravante ter. Pensou-se em tempos numa zona de passadiços. “Nesta altura, ficou definido que terá zonas pedonáveis e cicláveis de acesso à vila. O principal será resolver os problemas de saneamento antigos. Temos de definir que tipo de qualificação é que pretendemos efetuar nesta área, de forma a devolver o espaço à população”.
“As cascatas são um espaço simbólico para muita gente, principalmente os com mais idade que tiveram oportunidade de disfrutar daquele sítio de outra forma”. O investimento ainda não está calculado, enquanto não se conhece o projeto final que deverá ficar concretizado ainda este ano.
Carlos Alves dá conta que a visita do responsável da APA, Carlos Castro, teve como objetivo desbloquear algumas situações cuja morosidade “nos estava a atrasar os processos de execução dos projetos que estão identificados para essas diferentes situações”. “A questão não se relacionava com custos das obras e dos projetos, mas com os parceiros da APA que estavam a condicionar a execução e que, de alguma maneira, essa visita também teve esse efeito acelerador para desbloquear.”