A Coligação Nova Geração de Vila Franca de Xira levou a cabo mais um “Talk”, em que desta vez abordou a problemática da habitação, realizada no passado dia 23 de maio no Centro Cultural do Bom Sucesso. Entre os convidados esteve Filipa Roseta, arquiteta e Vereadora da Câmara Municipal de Lisboa com o pelouro da Habitação, Alexandre Poço, deputado na AR, e Luís Gamboa ligado ao setor do imobiliário de luxo, através da empresa VIC Properties.
Filipa Roseta deu a conhecer qual a estratégia do município de Lisboa que passa desde logo por um investimento de 800 milhões de euros, “através de um programa muito ambicioso para construção de casas mas também através de parcerias com o movimento corporativo”, indicando que uma das maiores lacunas nesta operação é o facto de o Estado Central “não ter uma noção dos seus imóveis devolutos”.
Já Luís Gamboa indicou que é fundamental promover a captação de investimento para que as empresas do setor sintam que “exista alguma complementaridade entre o esforço realizado pelas empresas para disponibilizar habitação de qualidade e a preços acessíveis através de uma estreita articulação com o poder central e local”. Dando nota de que também é necessário que exista uma comunicação construtiva entre ambos, empresários e autarquias.
Alexandre Poço terminou por enquadrar o défice que se tem sentido no setor da construção civil que teve uma grande diminuição na disponibilização de habitação, deixando a nota de que não será possível aumentar o número de habitação pública sem a ajuda das autarquias. Concluindo que na sua perspetiva devem ser apontadas “todas as baterias para o aumento da oferta através de modelos de habitação já referenciados como o modelo de cooperativa, facilitismo nos licenciamentos ou melhoramento do simplex urbanístico”.
“Vila Franca de Xira parou no tempo”
No caso em concreto do concelho de Vila Franca os presentes concordaram que o concelho não cresceu em termos habitacionais como expectável. Luís Gamboa indicou que Vila Franca “parou no tempo há 15 anos, não apostando nos serviços de proximidade para com o mercado imobiliário como jardins, escolas, parques e que deixou de existir esta complementaridade do serviço público nas proximidades das habitações que levaram a um abandono do investimento privado.”