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Fábrica das Palavras assinala 10 anos

Foi a 20 de setembro de 2014 que em Vila Franca de Xira foi inaugurada a Fábrica das Palavras. O projeto do arquiteto Miguel Arruda, para o local antes ocupado por uma velha fábrica de arroz, deu à cidade não só uma nova biblioteca, mas sim todo um espaço cultural, além de devolver aos vilafranquenses o acesso à sua zona ribeirinha. Segundo Fernando Paulo Ferreira, presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, a infraestrutura nestes 10 anos recebeu mais de 1 milhão de visitantes e teve mais de 5.000 atividades na área cultural, não só nos campos do livro e da leitura, mas também na música, artes plásticas, teatro e dança, atividades estas que ultrapassam em muito o que é o âmbito habitual de uma biblioteca.

Alberto Mesquita, antigo presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira e que exercia o cargo na altura da inauguração da Fábrica das Palavras, expressou que a ideia de criar este espaço, surgiu ainda durante os mandatos da sua antecessora, Maria da Luz Rosinha. Era preciso criar algo para reabilitar aquela zona em ruínas e que cortava o acesso ao Tejo. O antigo presidente revela-nos que houve algumas dificuldades durante todo o processo de construção do espaço, nomeadamente, convencer a Infraestruturas de Portugal a deixar avançar com a obra. Difícil foi também conseguir financiamento para um projeto daquela magnitude, “mas valeu a pena”. “Vila Franca de Xira ficou dotada de um espaço cultural ao nível das grandes cidades europeias.”

Numa curta intervenção, aquando do corte do bolo de aniversário destes 10 anos, cerimónia prevista para o próprio dia 20 mas que foi adiada por um dia devido ao luto nacional pelos bombeiros, Fernando Paulo Ferreira, além de louvar todos os que trabalham todos os dias para o funcionamento do espaço, evocou António Mega Ferreira, que esteve presente no dia da inauguração- “Um homem que quer pela sua ligação ao Tejo, quer pelo trabalho que fez pela reabilitação de uma zona ribeirinha, neste caso a Expo 98, estará para sempre ligado a este projeto.  Não fora a sua prematura partida, estaria sem dúvida presente neste dia”, referiu Fernando Paulo Ferreira.

Nuno Vicente

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