A gestão urbana de uma freguesia é muito mais do que um simples trabalho técnico ou uma sucessão de “folhas de obra” assinadas e concluídas. É, acima de tudo, um compromisso humano e comunitário. É um compromisso que precisa de uma visão ampla, onde o lema, “Estar Mais, Fazer Mais” se concretize na proximidade, no diálogo e na construção de soluções conjuntas com a população. Contudo, para que essa gestão seja eficaz, é preciso ouvir as pessoas, valorizar as equipas que tornam tudo possível, incorporar ideias inovadoras e apostar nas novas tecnologias como pontes para soluções mais inclusivas e acessíveis.
Os funcionários são sem dúvida a base de uma gestão efetiva, nenhum projeto, seria possível sem o seu trabalho incansável que diariamente estão no terreno, garantindo que as decisões se transformem em ações concretas.
Por isso, valorizar esses profissionais deve ser uma prioridade. É necessário proporcionar condições de trabalho adequadas, oferecer formação contínua e garantir que se sintam parte ativa na construção de soluções para a freguesia. Orientá-los com clareza e reconhecer os seus esforços não só fortalece a equipa, como também inspira confiança na população.
Ouvir a população continua a ser o alicerce de uma gestão de proximidade, essencial numa freguesia.
Em tempos digitais, essa audição precisa, também, de novos canais. Além de fóruns comunitários e assembleias tradicionais, é fundamental investir em plataformas digitais interativas que permitam aos fregueses participar de forma prática e ágil. Ao criar esses canais, a gestão dá um passo em direção a uma administração mais transparente e participativa.
Uma gestão minuciosa do território começa com a escuta ativa, afinal, ninguém entende melhor as necessidades de uma rua do que quem nela vive diariamente. As “queixas” da população não devem ser encaradas como críticas destrutivas, mas como convites para melhorar. Da mesma forma, as sugestões e soluções propostas pelos fregueses podem trazer ideias práticas, inovadoras e, muitas vezes, mais eficazes.
O verdadeiro papel de uma gestão autárquica é fazer política para as pessoas.
Isso significa priorizar investimentos e ações que reflitam as necessidades reais da freguesia. Mas também significa fazer política com a população, incorporando os seus sonhos e visões para o futuro do território.
Estar mais implica uma proximidade real: conhecer os desafios de cada canto da freguesia, dialogar com os mais jovens e os mais idosos, e compreender o impacto das decisões na vida cotidiana.
Fazer mais não significa apenas multiplicar “serviço”. Trata-se de valorizar os pequenos detalhes que fazem a diferença, gestos que embora simples, refletem uma gestão atenta, responsável e comprometida com os cidadãos.
Política para a população exige também uma visão de futuro. Uma gestão urbana minuciosa não pode limitar-se a resolver os problemas imediatos, mas deve planear a longo prazo. Precisa garantir que a freguesia seja sustentável, acessível, segura e acolhedora para as próximas gerações.
Por isso, a chama da gestão autárquica deve ser alimentada pela paixão de transformar a freguesia num lugar melhor para se viver, onde cada habitante se sinta parte ativa das decisões e dos resultados.
Quando a população é ouvida, sente-se valorizada e confia na autarquia.
A essência de uma gestão que faz política para a população – uma política que transforma queixas em soluções, desafios em oportunidades, e territórios em verdadeiros lares.