A Feira Nacional de Agricultura / Feira do Ribatejo, vai decorrer este ano sob temática das biossoluções. Na apresentação do certame que decorre entre o dia 7 e o dia 15 de junho, Luís Mira, administrador do CNEMA – Centro Nacional de Exposições, local onde se realiza a feira, destacou a importância das biossoluções para o setor, vincando que cada vez mais os agricultores e os processos, estão focados nestas práticas amigas do ambiente.
Em conferência de imprensa, o administrador sublinha que este tema foi o escolhido porque “trata-se de dar a conhecer e destacar que existem métodos de atuar na agricultura mais sustentáveis, que dão mais capacidade produtiva e que respondem mais às exigências dos consumidores”.
Luis Mira sustenta que esta já não é “uma solução apenas académica ou que esteja numa fase de avaliação”. “Vão ter a oportunidade de ver aqui na feira empresas que vendem, que praticam esse tipo de soluções e que as põem à disposição dos agricultores”. A título de exemplo, o administrador sublinha a comercialização de “soluções de fungicidas feitas a partir de casca de laranja”, vincando que o presente da agricultura já é amigo do ambiente.
Mas a feira não é só agricultura. Conta com inúmeros espetáculos, restauração, desta vez com menus acessíveis, e diversão, onde se podem incluir as largadas de toiros ou as habituais exposições de gado oriundo dos mais variados locais do país.
Alias, este ano o cartaz musical, conta com os Nemanus e Nininho Vaz Maia, dois concertos que podem trazer à feira muitas pessoas, que para além de visitarem os stands, acabam por passar o dia no recinto.
CNEMA denuncia o que considera ser “uma injustiça” no IVA dos bilhetes
Sobre os impostos aplicados pelo Estado, Luís Mira lamenta que o valor do IVA praticado nos bilhetes da FNA seja de 23% ao passo que num qualquer concerto de um artista internacional em Lisboa, o valor é de apenas de 6 por cento.
Este ano, está para já e apenas garantida a presença do Presidente da República na abertura da feira. No entanto Luis Mira espera a visita de membros do governo, aos quais, garante, questionará sobre esta discrepância dos valores.
Para o administrador “o Estado dá sempre vantagem fiscal a uma cantora americana que venha a Portugal, e em que a organização desse evento paga apena 6 por cento de IVA, ao passo que nós pagamos 23 por cento”. O responsável diz que depois das contas feitas fica mais caro a um cidadão assistir a um concerto do que visitar a FNA.
O certame continua ainda assim a ter um dia livre, ou seja, gratuito para todas as pessoas. Este ano a administração sublinha que será a 11 de junho, tendo em conta o feriado do dia anterior.
Luís Mira, em resposta ao Valor Local, destacou que a média de pessoas por certame ronda as 170 mil. Há dias grátis com mais e menos gente, mas em determinadas ocasiões eventos há que dificultaram a afluência à feira, como por exemplo, “as greves dos camionistas, jogos de futebol e até os jogos olímpicos… ou a própria pandemia”. O responsável sublinha que a oscilação de visitantes pode andar na casa dos dez mil, mas isso não constitui uma preocupação.