Francisco Guerra é o candidato, já apresentado, do movimento “Todos” em Alenquer. O grupo integra partidos como CDS, PSD, e IL, e prepara-se para ir a votos nas autárquicas de 2025. Militante do PSD e advogado na área dos Direitos de Autor, Francisco Guerra, apesar de não residir a tempo inteiro em Alenquer, considera-se um alenquerense. O candidato tem raízes familiares no concelho, desde o seu bisavô que foi um médico muito conhecido no território.
Em entrevista à Rádio Valor Local, o candidato enaltece a riqueza do concelho, recusando-se a creditar que Alenquer não seja mais que um local onde proliferam as quintas para casamentos.
Guerra diz-se empurrado para esta jornada pelos amigos e pelo sentimento de que pode melhorar o município, sublinhando ainda assim, estar longe de apresentar, pelo menos para já, o programa eleitoral.
Alenquer é um município onde o Partido Socialista sempre governou a Câmara, e por isso o candidato diz ser a altura para novos rumos.
Ao Valor Local destaca: “Para nós é difícil compreendermos como é que alguém que é poder há 48 anos ainda necessita de perguntar às pessoas quais são as suas necessidades”, destacando que o PS não tem feito o seu trabalho junto das populações.
É por isso, que refere a necessidade do grupo “falar com empresários, associações, coletividades, personalidades e tentar perceber, na sua ótica, do seu ponto de vista, em face da sua experiência, dos seus interesses, quais é que são os principais problemas com os quais se confrontam no desenvolvimento da sua atividade”.
Para o candidato, faz sentido ouvir as pessoas, mas acrescenta que não precisar de falar com ninguém “para perceber, por exemplo, a título meramente exemplificativo, que a área urbana do Carregado e a área urbana sul da Vila de Alenquer têm problemas de mobilidade gravíssimos. Que existe, neste momento, um problema de falta de interoperabilidade entre o autocarro e o comboio no que respeita ao acesso a Lisboa”.
Francisco Guerra refere que é preciso entender quais as necessidades da população, contrariamente “aos estudos que têm sido sucessivamente feitos e que não têm conduzido a lado nenhum”.
O candidato elenca, por exemplo, a ligação entre Alenquer, Carregado e Lisboa, nomeadamente devido ao trânsito muito intenso e a ausência de espaços e corredores verdes. Por outro lado, recorda a já aparente “desertificação das nossas aldeias e lugares, e a começar até pela Vila Alta de Alenquer”.
Para o candidato é importante “transformar esta proximidade a Lisboa numa vantagem competitiva e não num problema, apesar de, obviamente, não quereremos transformar quer a vila de Alenquer, quer o concelho, num mero dormitório de Lisboa. Não é isto que pretendemos”.