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Nuno Henriques demolidor contra a concelhia do PSD de Alenquer

O vereador do PSD na Câmara de Alenquer, Nuno Henriques, não deixou nada por dizer no que toca ao estado da sua relação com a concelhia local do partido, sendo que as relações continuam tensas. O agora autarca nunca agradou aos seu colegas de partido de Alenquer, e não se avizinha que a relação possa ter um volte-face rapidamente. Nuno Henriques diz contar com o apoio do PSD nacional, mas a nível local acumulam-se os casos e as incompatibilidades. Na conferência de imprensa promovida esta terça-feira, Nuno Henriques colocou a carne toda no assador.

O autarca contou que já deu conta junto da nacional do partido de “várias situações ilícitas” que se “estão a passar na concelhia”. Nuno Henriques fez questão de salientar também que não precisa do apoio desta concelhia para ser candidato à Câmara em 2025, dando a entender que recolhe todo o apoio por parte dos órgãos máximos do partido. “Essas pessoas não têm mais anos de PSD do que eu, que sou militante há mais de 30 anos, com assento nos mais diversos órgãos”. “Não sou militante em Alenquer, mas sou social-democrata dos sete costados e nunca me vendi aos interesses instalados. Tomara eu que houvesse militantes empenhados quando vim para cá. Apenas quis ajudar e não fui imposto por ninguém como se anda a dizer para aí. O meu nome foi aprovado por unanimidade a nível nacional. Andaram a dizer que depois das eleições iria embora, mas o meu compromisso é para oito anos”.

Nuno Henriques desabafou que durante as eleições convidara “pessoas de Alenquer para encabeçarem as listas do partido, mas que sofreram pressões e desistiram”, dando a entender que as mesmas partiram do próprio partido a nível local. “Tentaram arranjar aqui um bode expiatório, mas as pessoas têm nomes, e não podemos esquecer que algumas estavam na dependência de outras por causa de favores, compadrios, subsídios e empregos”, numa alusão ao militante e ex-presidente da concelhia, Pedro Afonso que esteve a trabalhar na Oestecim indicado pelo presidente de Câmara de Alenquer, Pedro Folgado (PS).

Nuno Henriques desvalorizou o mau resultado nas eleições autárquicas visto que o partido perdeu um vereador, referindo que determinadas circunstâncias políticas aconteceram que levaram ao desaire: o surgimento da candidatura de Mário Amaro (CDS-PP) “apesar de termos feito os possíveis e os impossíveis para nos entendermos com esse partido” e a candidatura independente de António Franco, que agora faz parte dos órgãos atuais da concelhia laranja. “Chegaram ao cúmulo de inventarem essa candidatura que foi só à Câmara Municipal, de alguém que supostamente era da área do PSD, que foi funcionário do Urbanismo desta Câmara Municipal e que acabou por ser desviado para outros setores menores. O objetivo era fazer com que a minha pessoa tivesse um mau resultado. As maiores traições que tivemos foram de pessoas do PSD que andaram à volta dessa candidatura independente. Até junto do Chega andaram ”.

Nuno Henriques vai mais longe e recorda “que no próprio dia das eleições foi preciso chamar a GNR, porque havia urnas abertas, e outras ilicitudes e como tal não foi um mau resultado perante as circunstâncias”, alegou. O autarca não tem dúvidas de que o PSD local “fez tudo, tudo, e mais tudo” para que  abandonasse o barco. No próprio dia das eleições “fui informado aqui à porta da Rádio Voz de Alenquer que haveria uma nova comissão política, mas onde andaram eles durante as eleições quando deveriam apoiar-nos? Pois, mas eu sei onde andavam:  Nas candidaturas dos outros partidos e na do candidato independente!”

Apesar de não ter sido eleito para a comissão política concelhia, Nuno Henriques dá a conhecer que pertence a esse órgão local por inerência de ser vereador, segundo os estatutos do partido. “Não tenho direito a voto, mas posso estar em todas as reuniões. Nunca me convocaram para nenhuma reunião. Aliás criaram a figura da retirada da confiança política que não existe. É nula.”

Nuno Henriques deu ainda conta que a falta de solidariedade da concelhia não inibiu os seus membros de quererem a todo o custo colocar um elemento desse mesmo órgão como assessor de Nuno Henriques na Câmara, quando durante o primeiro ano deste mandato, o presidente da autarquia deu autorização à oposição para se contratar avençados para  auxiliarem Nuno Henriques e Ernesto Ferreira (CDU) no trabalho autárquico. Foi celebrada uma avença nesses termos com a CDU e com o PSD, mas o elemento escolhido por Nuno Henriques não aufere qualquer verba. “A nossa mandatária financeira, coronel das Forças Armadas, com mestrado em Economia era a pessoa indicada”. “Primeiro quiseram tirar-me a confiança política, mas logo a seguir desejavam impingir-me uma pessoa deles”.

Recentemente foi nomeada uma nova comissão política presidida por Cristina Inácio, “sendo que não fomos sequer convidados para a tomada de posse”. Para completar o ramalhete do que apelida de ilicitudes, dá a conhecer que foram rasgadas fichas de novos militantes do PSD em Alenquer, assinadas pelo líder do partido, Luís Montenegro, “que foram rejeitadas pela comissão política de Pedro Afonso”. Este caso já foi enviado para o partido a nível nacional que está a investigar as circunstâncias no âmbito do conselho de jurisdição.

Desta nova comissão política faz parte António Franco, o candidato independente das eleições de 2021, algo que segundo Nuno Henriques é ilícito – “Pelos estatutos é proibido que alguém no decorrer do mandato e mais um ano possa ser readmitido tendo sido adversário do PSD nas eleições prévias.”

Pese embora todas as peripécias nesta relação entre vereador e concelhia, Nuno Miguel Henriques diz estar disposto a que haja um enterrar do machado de guerra de parte a parte e dá a conhecer que já esteve presente numa reunião recentemente.

O Valor Local ouviu Cristina Inácio, a nova presidente da comissão política, que no que respeita ao caso de António Franco afirmou que vai esperar pela resposta do conselho de jurisdição. Já quanto ao facto de alegadamente a concelhia ter tentado colocar alguém da sua confiança no gabinete do vereador refere que tal “é completamente mentira”. No que concerne ao facto de Nuno Henriques não precisar da concelhia para se afirmar como candidato em 2025, aconselha o vereador a ir ver os estatutos, pois “a comissão política concelhia é que propõe o nome do candidato junto da distrital, e consequentemente da nacional”. Cristina Inácio alerta ainda que “Nuno Henriques não está a seguir o melhor caminho com tantas mentiras”.

No que respeita à acusação de que foram rasgadas fichas de mais de 20 militantes, ainda durante o tempo em que Pedro Afonso esteve à frente da concelhia, depois das autárquicas de 2021 até maio deste ano, este refere em declarações ao nosso jornal que chegaram às instalações da concelhia essas duas dezenas de fichas, “contudo os militantes residiam em Lisboa ou noutras cidades dos subúrbios da capital. Não residiam no concelho de Alenquer, e simplesmente enviámos cartas a marcar uma reunião para os conhecermos. Aliás marcámos duas datas e ninguém apareceu. Segundo os estatutos do partido sempre que em causa possa estar a idoneidade dos possíveis candidatos a militantes temos a prerrogativa de querer conhecer e ouvi-los previamente à conclusão desse processo”. Ainda sobre o facto de a concelhia ter impingido um militante à época desempregado para o gabinete do vereador, acusa também Nuno Henriques de ser mentiroso. “Aliás vou mais longe. Se ele disse mesmo isso vou processá-lo nos tribunais”. Pedro Afonso desvaloriza ainda a crítica de Nuno Henriques de que conseguiu emprego na Oestecim graças a Pedro Folgado. “Fui eleito por 12 presidentes, e o primeiro que me contactou para o cargo foi o antigo presidente da Câmara das Caldas, Tinta Ferreira (PSD), e só depois Pedro Folgado”.

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  • Eurico Borlido

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