O presidente da Câmara de Arruda dos Vinhos, Carlos Alves, garantiu na última assembleia municipal que o Mercadinho de Arruda vai abrir este ano. Em 2019, o projeto foi apresentado à comunidade numa sessão pública, mas problemas com a empresa construtora que, entretanto, faliu, fez atrasar todo o processo.
O projeto que recebeu o nome “Mercadinho d’Arruda” foi dado a conhecer junto dos comerciantes do mercado em outubro de 2018 e pretendia efetuar uma revolução no conceito daquele espaço, diferente do que existe atualmente. A obra estava orçada em 200 mil euros. Em 2020, o antigo presidente da Câmara, André Rijo aludia a atrasos na atribuição de fundos comunitários.
Em 2022, o município assinou contrato por 148 mil euros com a Cansyfree Lda que acabaria por falir no meio da obra. Questionámos o presidente da Câmara sobre quanto é que o município já gastou com esta obra, mas o mesmo não quis responder, argumentando que só no fim faria as contas, apesar de ter apresentado este projeto no orçamento para o próximo ano.
Certo é que os atrasos já fizeram muita mossa nas expetativas da população que espera desde 2018 pela reabertura do espaço. As obras recomeçaram no verão e têm um prazo de execução previsto de 6 meses, devendo ser inaugurada em abril. “Esta será uma infraestrutura fundamental e relevante para a população do concelho, que ficará, assim, servida por um novo mercado, com todas as valências necessárias ao consumidor, bem como com todas as condições para os vendedores”, refere Carlos Alves.
Projeto quer replicar conceito do Mercado de Campo de Ourique
A obra inclui uma zona de refeição, com um restaurante e uma zona de estar, mantendo algumas bancas do atual e tradicional mercado, como sejam a florista, a peixaria e o talho. Um conceito moderno à semelhança do que já acontece, por exemplo, no mercado municipal de Campo de Ourique em Lisboa. O mesmo conceito é para manter podendo receber ainda eventos de diverso tipo. O espaço terá ainda uma enoteca que terá como objetivo dar a conhecer os vinhos de Arruda. O atual presidente da Câmara foca esta componente como importante tendo em conta o incremento turístico que possa surgir.
Para além dos vendedores residentes, qualquer produtor local poderá ter acesso, uma vez o projeto implantado, a uma banca para poder vender os seus produtos. Inicialmente o espaço seria concessionado a uma empresa, para que esta pudesse gerir melhor o espaço e rentabilizá-lo de outra forma. A autarquia garantiria a fiscalização sobre essa mesma empresa que terá de passar por um concurso público. Questionado, Carlos Alves, sobre qual o modelo a seguir também não quis adiantar informação.
