A vereadora do Chega, na Câmara Municipal de Azambuja, Inês Louro, questionou o presidente da autarquia, Silvino Lúcio, sobre o andamento do projeto Aveiras Eco-Valley dado a conhecer em 2022 e que prevê a transformação da zona industrial de Aveiras de Cima num novo modelo que concilia habitação e indústria, os ecoparques. Em cerca de 200 hectares estão previstas a atividades de indústria, inovação, logística, habitação, comércio, hotel, espaços verdes, e à partida também áreas de lazer. A totalidade dos terrenos está à partida adquirida depois do inflacionar de preços que este processo conheceu após a primeira notícia do Valor Local.
De acordo com Silvino Lúcio, presidente da Câmara, os contactos têm-se mantido entre a empresa de advogados que representa o fundo, a JMCSG. O autarca explicou que está par dos projetos do gabinete que está a promover o enquadramento de toda a envolvente do Aveiras Valley, e respetivos lotes arrumamentos, sistemas de águas e esgotos. “Quando achar que estou em condições de trazer qualquer documento válido para os senhores, fá-lo-ei”, sintetizou. O fundo norte-americano que está a levar a cabo este investimento no concelho, não é conhecido, sendo que o Grupo Averrões tem estado na liderança deste investimento como intermediário em Portugal. Os encontros do autarca são normalmente com o advogado Joaquim Mota e com técnicos do município de forma frequente.
O autarca informou ainda que o data center da Google que poderá ir para aquele ecoparque será alvo de Projeto de Integração Paisagística (PIP) a ser decidida pelo Governo, mas caberá ao município dar aval aos restantes elementos de todo o projeto, conformo assegurou Silvino Lúcio.
O Aveiras Eco Valley pretende contribuir para a criação de 20 mil postos de trabalho, sendo que 200 fogos serão habitacionais. Pode atrair cerca de 10 mil novos residentes, quando atualmente e segundo os últimos censos vivem no concelho de Azambuja 21 mil 422 habitantes. Na memória de muitos está o projeto da Lusolândia que fez sonhar a região mas que nunca avançou. A autarquia espera que neste caso a história não se repita