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Opinião Jorge Jacinto:”Parques solares, um negócio da China?”

Está instalada a polémica no Município de Azambuja, trata-se da eventual instalação de DOIS mega – Parques Solares, um dos quais numa ampla zona reservada para a agricultura do Alto Concelho. Antes de irmos aos detalhes e ao confronto das ideias vamos ao essencial:
 
Para os projectos avançarem, e para lá das decisões das entidades nacionais que monitorizam, entre outras, o impacto ambiental, tem de haver alterações à legislação municipal.
 
Assim, o que é que Azambuja ganha com a instalação destes Parques de Painéis solares? Os privados, promotores dos projectos ganham muito, muitos milhões. – Tudo bem, é bom que os privados tenham lucros nos seus projectos; é o lado positivo do capitalismo democrático.


 O governo fica bem na fotografia porque Portugal dá mais um passo na descarbonização energética.  A dupla Costa & Costa esfrega as mãos de contente, ignorando que no geral estamos a dar passos maiores que a perna. Até a poderosa Alemanha prefere fazer todo o processo de forma gradual e paulatina, e vai reabrir uma central de carvão. Nós vamos fechar Sines …. Vamos ter energia um pouco mais limpa mas mais cara.
 
Logo, os consumidores também pouco ganham …
 
 
O Que é que Azambuja ganha? Postos de trabalho não ganha … prevê-se 10 postos de trabalho no Parque da Torre Bela, num investimento orçado em 170 milhões de euros. Ou seja, Azambuja nada ganha nesta frente.

E pode – se tratar novamente mal a Torre Bela, quinta massacrada desde 1975 quando foi invadida por trostskistas e amigos da liamba. Para trás ficou um tralho árduo agrícola desenvolvido por várias gerações da família LUPI.
 
Julgar que o investidor vai deslocalizar a sua sede para Azambuja para aqui pagar impostos é uma utopia, que não é para levar  a sério. Há uma solução, uma oportunidade, caso   a  opção seja perder a zona agrícola e viabilizar o projecto: O investidor deve indemnizar o município de forma significativa e este valor deve ser canalizado para a criação de um Fundo para desenvolvimento da ciência.
 
Não é criar mais uns postos de trabalho na Câmara … é criar um fundo de investimento que através de parcerias público-privadas, com ligações à universidade , fomente o conhecimento e o trabalho cientifico no concelho.
 

Alguns dos nossos vizinhos têm institutos e universidades e até centros de excelência de desporto, veja-se Rio Maior e Caldas da Rainha ….Nós podemos construir um centro de excelência de ciência.
 
O actual poder do município, em particular os vereadores Silvino, António José Matos e Sílvia, deviam pensar nisto e trabalhar esta ideia com o líder da oposição Rui Corça, vereador bem preparado e conhecedor dos dossiers.
 
Dotar o município de Azambuja de um Centro de Excelência de Ciência é uma oportunidade, do presente e de futuro, mais qualificação, mais esperança. Para grandes decisões um amplo consenso é aconselhável: Se tal tivesse acontecido com o Aterro não teríamos o actual problema: porque não está em causa o aterro. Tecnologia necessária ao tratamento do lixo. Melhor que o enterrar. E daqui a 15 – 20 anos haverá outra tecnologia.

O que está em causa é importarmos resíduos tóxicos de Itália, onde toda a zona de Nápoles já está infetada com amplos lucros para a Máfia napolitana, que também controla a mão-de-obra do Porto, entidade concessionada à China.
 
Os parques solares não são, pelo contrário, poluentes, mas podem provocar danos ao Paúl de Manique, à Reserva Agrícola Nacional e ao espaço florestal. No entanto, não se deve negar para já esta hipótese tão acarinhada pelos pelos privados. Há que lembrar, todavia, que o interesse privado não se sobrepõe ao interesse público, colectivo.
 
Assim sendo, e face a todos os interesses em jogo, caso se avance com os Parques Solares, faça-se com que Azambuja aposte de forma sustentada no desenvolvimento: aposte-se na Ciência. E o instrumento é a criação de um fundo que aposte na ciência, no todo, e não no interesse exclusivo de alguns, que por vezes nem cara mostram.
 
Um FUNDO que nos traga Valor Acrescentado.

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