A reposição da freguesia do Forte da Casa voltou a estar em destaque no discurso político local, com a CDU a reafirmar esta bandeira no âmbito da apresentação do seu candidato à União de Freguesias de Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa.
Cláudia Martins, cabeça de lista da coligação à Câmara de Vila Franca de Xira, defendeu o desmembramento da atual União, considerando que a extinção da antiga freguesia penalizou a “proximidade e eficácia da gestão local”.
“A CDU defende a reposição da freguesia do Forte da Casa porque acreditamos na democracia local, na proximidade, na capacidade de decidir mais perto de quem vive os problemas das nossas cidades”, afirmou Cláudia Martins, durante a apresentação de Marco Santos, candidato à União de Freguesias.
A crítica à centralização da gestão autárquica foi acompanhada de um diagnóstico severo aos atuais serviços públicos disponíveis na freguesia. Um dos principais pontos abordados foi a ausência de médico de família para a população local há mais de três anos. A candidata exigiu uma resposta urgente do Governo e da Unidade Local de Saúde (ULS), nomeadamente com o reforço de profissionais médicos, enfermeiros e outros técnicos de saúde.
No plano social, a CDU apontou ainda carências no acesso à educação pré-escolar pública, considerada uma “miragem” para muitas famílias da zona. A coligação propõe mais salas no pré-escolar, reforço de auxiliares e um maior apoio direto às famílias.
Cláudia Martins destacou também a necessidade de investimento nos serviços destinados à população idosa, com propostas como a criação de centros de dia, apoio domiciliário e transportes adaptados, a par da dinamização de redes de voluntariado em articulação com o SNS e o movimento associativo local.
Em relação à juventude, a CDU sublinhou a falta de equipamentos culturais e espaços de convívio. Entre as propostas está a construção de um auditório municipal que sirva escolas, coletividades e estruturas culturais da freguesia.
A reposição da freguesia do Forte da Casa é uma das medidas que a CDU considera prioritária para reverter o que considera ser o “afastamento da gestão pública das reais necessidades das populações locais”.