A fuga de cinco reclusos da Cadeia de Vale de Judeus em Alcoentre, voltou a trazer para cima da mesa as questões da segurança. Com efeito, os postos da GNR mais perto de Alcoentre são em Aveiras de Cima e Azambuja, mas ambos lutam com a falta de efetivos. Em 2008, a GNR sofreu uma reorganização orgânica e encerrou mais postos territoriais. Manique do Intendente foi um deles. Mas essa questão não foi pacífica. As populações abrangidas pela vigilância do posto, nomeadamente as das freguesias de Manique, Maçussa e Vila Nova de São Pedro e Alcoentre, protestaram contra a decisão, pese embora já há largos anos se falasse do assunto.
À época a Câmara Municipal de Azambuja e as juntas de freguesia alertaram para a falta de policiamento de proximidade. Ao Valor Local, Silvino Lúcio, presidente da Câmara, sublinha a importância de ser ativado um posto da GNR em Alcoentre.
O sentimento de segurança das populações é vital, e por isso o autarca sustenta que a reabertura de um posto em Manique do Intendente ou Alcoentre, poderia ser uma solução, algo já pensado, mesmo antes da fuga dos 5 reclusos no início do mês.
Silvino Lúcio sublinha que 2007 o assunto chegou a ser abordado com o Governo. Instalar um posto em Alcoentre, por exemplo, não seria desfasado, nem tao pouco difícil “porque há lá tanta casa, infelizmente, desocupada, propriedade do Estado. Mas era preciso existir uma decisão política por parte da administração, de quem está no governo.”
As declarações do presidente da Câmara sucederam também tendo em conta uma onda de assaltos que tem varrido o concelho, nas duas escolas básicas de Azambuja e Aveiras de Cima, mas também em várias residências na freguesia de Alcoentre.
Ao Valor Local, fonte da GNR relatou falta de efetivos em Azambuja. Durante a noite do dia 15 para 16 de setembro, existiram 6 ocorrências. Assaltos e outras intervenções na via pública desviaram os poucos soldados da GNR, que não conseguiram chegar a todas as ocorrências.
